Mães de Praça de Maio, a luta continua 37 anos depois

A Associação Mães de Praça Maio comemorou o 37º aniversário da primeira reunião feita neste histórico lugar em Buenos Aires, na Argentina. Na ocasião elas reclamavam o aparecimento – com vida ou não – de seus filhos e filhas desaparecidos durante a ditadura militar no país.

Fundadoras do movimento Mães da Praça de Maio - Reprodução

Sob o lema "Até a vitória sempre, queridos filhos", ela celebraram, na noite deste 1º de Maio, com o espírito renovado e uma nova estratégia renovada para a atual situação política que vive a Argentina: por um país com democracia mais fortalecida com inclusão social incorporado aos projetos de unidade latino-americana.

"Temos que defender este projeto nacional, popular, de desenvolvimento com inclusão social, de respeito aos direitos humanos, que abre espaço aos jovens que uma vez, há 37 anos, lhes negaram a vida", manifestou a líder do movimento, Hbe de Bonafini.

"Nosso lema deste ano é que 'o futuro é nosso'. Sempre tivemos esperanças, sem isso teríamos ficado em nossas casas; nós saímos para brigar na rua e temos expectativas de fazer bem mais" declarou no ato político cultural.

A atividade incluiu um concerto com vários artistas de renome e agrupamentos do país, e como convidado especial o grupo de teatro infantil A Colmenita do Sul, criado com crianças argentinas à semelhança do agrupamento cubano.

As fundadoras do movimento, Azucena Villaflor, Esther Ballestrino de Careaga e Maria Ponce de Bianco, foram homenageadas no ato. Elas saíram às ruas no dia 30 de abril de 1977, um sábado, e a Casa Rosada estava então fechada, na ocasião as forças repressivas circulavam pela Praça de Maio, e mesmo assim, as corajosas mães decidiram ficar e lutar pela verdade sobre o paradeiro de seus filhos.

A frase que deu origem ao movimento foi de Villaflor: "individualmente não vamos conseguir nada, por que não vamos todas à Praça de Maio? Quando sejamos muitas, o general Jorge Videla terá que nos receber!”.

Fonte: Prensa Latina