Energia: Consultor da FIEC reforça questionamento ao reajuste

O reajuste da energia no Ceará e as formas de questionamento à elevação de mais de 16% na tarifa paga pelos consumidores do Estado desde o último mês de abril foram debatidos em reunião na tarde da última sexta-feira (02/05), entre o deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE) e o especialista em energia elétrica Jurandir Picanço, consultor da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).

Realizada no escritório do deputado Chico Lopes em Fortaleza, a convite do parlamentar, a reunião tratou de preparativos para a audiência pública a ser realizada na próxima quarta-feira, dia 7 de maio, na Comissão de Defesa do Consumidor, da Câmara dos Deputados, em Brasília, na qual a Coelce e a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) serão chamadas a explicar os motivos do reajuste, equivalente a quase três vezes a inflação de 2013 pelo IGP-M.

"Enquanto a Coelce pediu um reajuste de 14% na energia, a ANEEL ainda foi além e deu mais de 16% de reajuste. Isso não cabe na cabeça do povo, que é quem paga a conta. Como é que a agência, que deveria regular o mercado e também ver o lado do consumidor, autoriza a Coelce a subir as contas de luz ainda mais do que a própria Coelce queria?", questionou o deputado Chico Lopes, relatando ao consultor Jurandir Picanço as informações prestadas pelo diretor geral da ANEEL, Romeu Rufino, em reunião nesta semana em Brasília.

Chico Lopes destacou que o peso da energia apontada pela ANEEL como "bilateral", que a Coelce compra de térmicas que pertencem a ela mesma, tem um grande impacto no reajuste da energia no Ceará. O consultor Jurandir Picanço reforçou a crítica a essa situação e destacou que levará esse e outros pontos para questionamento, sobre o reajuste da energia, para a audiência pública de quarta-feira (07/05), em Brasília.

Jurandir Picanço destacou ainda que a ANEEL vem acatando pleitos e informações da Coelce, por vezes, sem realizar audiências públicas, como necessário. E destacou a importância da audiência em Brasília, na mobilização do setor produtivo e dos consumidores cearenses, contra o reajuste de mais de 16% na energia.

“Nosso setor produtivo está perdendo condições de competir com outros estados. Estamos sofrendo risco de fechamento de postos de trabalho, diante de um reajuste tão alto na energia elétrica. Isso além do peso para os consumidores residenciais. Nenhuma categoria teve reajuste salarial de 16%”, destaca Lopes, que agradeceu pela participação da FIEC na mobilização quanto ao tema e na preparação para a audiência do dia 7 de maio.

Fonte: Assessoria do deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE)