Brics: Chefes de Estado confirmam presença em Fortaleza

Os chefes de estado do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – países que compões o Brics -, oficializaram a presença no encontro do grupamento em Fortaleza, nos dias 15 e 16 de julho. A confirmação foi revelada pelo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, ao governador Cid Gomes, em reunião no Palácio da Abolição.

Dilma Rousseff, presidente do Brasil; Vladimir Putin, presidente da Rússia; Jacob Gedleyihlekisa Zuma, presidente da África do Sul; Xi Jinping, presidente da China, ratificaram presença em Fortaleza. A Índia também confirmou, mas aguarda fim das eleições para anunciar nome.

Luiz Alberto visitou, no período da manhã, três hotéis na Capital para conhecer as instalações de possíveis acomodações. Passou pelo Gran Marquise, Marina Park e Luzeiros, onde checou algumas das exigências de hospedagens dos líderes de cada país.

À tarde, na reunião com o governador Cid Gomes, o ministro também tratou de questões da segurança dos chefes de estado. Esses detalhes estão sendo analisados caso a caso, diretamente entre a diplomacia brasileira e os países do Brics.

Conforme o assessor de Assuntos Internacionais do Governo do Estado, Hélio Leitão, que também participou da reunião, a comitiva do Itamaraty havia aprovado sem ressalvas as instalações do Centro de Eventos do Ceará. O ministro ressaltou novamente a satisfação com o local do encontro. “Devem usar a parte Leste do Centro de Eventos”, lado virado para as dunas.

O ministro retornou à Brasília ainda ontem à tarde. Adiantou em cerca de uma hora a reunião e o seu retorno à capital Federal. No entanto, uma comitiva do Itamaraty permanece em Fortaleza para concluir aspectos de segurança, mobilidade e hospedagem dos visitantes. Conforme Hélio Leitão, são esperados em torno de quatro mil pessoas para o encontro.

Cid doaria terreno

Apesar dos rumores de que o Brasil teria desistido de disputar a sede do futuro banco de desenvolvimento do Brics, o governador Cid Gomes sinalizou interesse no Ceará ser sede da instituição financeira, caso o País dispute e vença a concorrência. Cid se dispôs, ao ministro Luiz Alberto, a doar área para o futuro banco, se o País decidir assim.

“Foi dito na reunião hoje. O apoio é absoluto, inclusive com cessão de terreno. Há o interesse e empenho para que ocorra no Ceará”, ratificou Hélio Leitão. Ele ressaltou que se trata de uma decisão da diplomacia brasileira participar ou não da disputa pela sede do banco.

África do Sul e Rússia já estão na concorrência para sediar a instituição. A estimativa é de que as cinco nações do grupo aportem cerca de US$ 50 bilhões para o banco de desenvolvimento, além de US$ 100 bilhões para um fundo. Foi encomendado um estudo de viabilidade em 2012.

O Brasil teria desistido de sediar a instituição em troca de presidi-la. O banco é a principal pauta da cúpula dos Brics em Fortaleza, onde devem ser anunciados aspectos como capital inicial, participação de outros países e sede.

Fonte: O Povo