Casa do Hip Hop Sanca fortalece a cidadania e cultura em SP

Com o objetivo de movimentar a sociedade, fomentar a cidadania e fortalecer a cultura e comunicação social, o movimento Hip Hop da cidade de São Carlos (SP), ocuparam, no final do mês de Abril, o Centro Comunitário Vera Lúcia Pilla e o transformaram na Casa do Hip Hop Sanca.

Joanne Mota, para o Portal Vermelho

Fote: Casa do Hip Hop de Sanca

Em declaração ao Portal Vermelho, os integrantes do movimento esclareceram que que o prédio está abandonado há 10 anos, porém, curiosamente nesta terça-feira (6) a Prefeitura de São Carlos informou que foi publicado no Diário Oficial a licitação para continuação da obra.

Além disso, eles indicaram que há um forte pressão para desocupação do espaço, que nesse momento passa por intensa revitalização.

Em sua página do Facebook, a Casa do Hip Hop Sanca  denunciou que "ao invés de proporcionar cidadania, lazer e cultura esse espaço público servia de ponto de prostituição, uso de drogas, além de estar repleto de lixo. A partir da instalação da Casa do Hip Hop, ganhou melhorias tanto estruturais e de limpeza, como passou a cumprir a função social para os cidadãos de São Carlos através de programações culturais diárias principalmente vinculadas ao hip-hop, como a realização de oficinas, jogos e espaço de leitura. A Casa agora precisa de todo o apoio popular possível, para que continuemos na luta por mais cultura, acessibilidade e vivências coletivas em nossa cidade".

Movimento unido na luta

Também em postagem no seu perfil no Facebook, o presidente na empresa Associação Cultural e Educacional Movimento Hip Hop Revolucionário, Bob Controverista opinou sobre o assunto. Ele relatou que nesta quarta-feira (7) houve mais uma "tentativa de desocupação. Na primeira vez, semana passada, foi só diálogo; hoje, na segunda, foi diálogo e força, com um efetivo policial desnecessário. Eles prometeram retornar pela terceira com força e um mandado judicial, coisa que eles não possuíam agora".

Segudo ele, "graças ao apoio das pessoas e da comunidade, jornalistas e advogados que compareceram, a desocupação foi inibida". e completou que "A Casa do Hip Hop está fazendo com seus próprios méritos e esforços um trabalho que deveria ser não só permitido, mas APOIADO pela prefeitura que, mais uma vez, não tem capacidade de reconhecer isso".

No vídeo dos dois primeiros dias de ocupação, 26 e 27 de Abril, mensagens de Karluz Magum, Guilherme SIlva, Sara Donato e Luis Spok.