A sucessão presidencial de 2014 e o projeto eleitoral do PCdoB-BH

O Comitê Municipal do PCdoB-Belo Horizonte divulgou nesta quarta-feira (14) documento aprovado pela direção municipal que trata sobre o papel da militância comunista da capital mineira nas eleições de 2014.

O texto ressalta a encruzilhada política que o país viverá na disputa pela sucessão presidencial. “Neste processo, os comunistas mineiros têm o papel protagonista de contrapor o discurso do principal adversário das forças progressistas brasileiras; o senador Aécio Neves”.

O documento propõe ainda o projeto político do Partido na capital com a eleição de dois deputados federais e uma bancada para a Assembleia Legislativa de quatro deputados no estado.

Leia abaixo a íntegra do documento:

 

A sucessão presidencial de 2014 e o projeto político e eleitoral do PCdoB-BH
• O Comitê Central do PCdoB, em sua resolução política de fevereiro deste ano “reforça a convicção de que o Brasil está diante de uma encruzilhada política. Ir adiante para intensificar as mudanças acumuladas na última década com a realização das reformas estruturais e democráticas, ou retroceder sob o comando da oposição que se verga às chantagens da oligarquia financeira”.

• Em 2014 viveremos grandes e acirradas batalhas políticas e sociais devido a disputa eleitoral, principalmente à sucessão presidencial. Neste processo, os comunistas mineiros têm o papel protagonista de contrapor o discurso do principal adversário das forças progressistas brasileiras; o senador Aécio Neves. O ex-governador tenta agora vender para o Brasil o fracassado “Choque de Gestão” que impôs a Minas Gerais. O governo do estado distorce estatísticas de segurança pública, mortalidade infantil e educação ao fazer propaganda de sua “reforma administrativa”. Na educação, por exemplo, Minas não paga o piso salarial nacional, os professores não tem plano de carreira e cerca de 500 desistem de dar aulas no setor público por mês.

• A crise econômica internacional reflete na economia do nosso país, levando a um crescimento econômico aquém do desejável, com um PIB de 2,3% em 2013. Mesmo assim o Brasil foi a terceira economia que mais cresceu no ano passado, superando os Estados Unidos, Reino Unido e África do Sul (todos com expansão de 1,9%), Japão (1,6%), México (1,1%), Alemanha (0,4%), França (0,3%) e Bélgica (0,2%). Segundo dados do governo federal, a projeção para o crescimento em 2014 também é de 2,3%. A despeito do resultado brasileiro superior ao da maioria das “potências internacionais” a oposição tem investido em uma campanha contra o país e contra o governo na tentativa de criar um falso clima de instabilidade econômica.

• Com o apoio da grande mídia privada monopolista, a ofensiva oposicionista tenta desmoralizar e imobilizar o governo da presidenta Dilma. A intensão das elites conservadoras é paralisar o ciclo progressista de crescimento com distribuição de renda. O país avançou na redução das desigualdades, no alto nível de emprego, no controle da inflação, nas reservas internacionais em alta, no investimento em obras de mobilidade urbana, na valorização do salário mínimo, no acesso ao ensino superior, entre outros. A campanha oposicionista mira setores e programas estratégicos para o bem-estar do povo brasileiro como, por exemplo, o Mais Médicos – que em março de 2014 já havia alcançado mais de 33 milhões de pessoas.

. Mais recentemente, a oposição brasileira tem concentrado seus ataques à maior empresa nacional com manobras como a CPI da Petrobras. A campanha oposicionista cria novamente um falso clima de instabilidade e omite os resultados da última década de governos democráticos progressistas em relação à estatal. Pronta para ser privatizada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, durante os 11 anos de governos Lula e Dilma a receita da Petrobras cresceu 193%. Seu patrimônio líquido registrou alta de 599%.

. Os malabarismos do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, encenados para produzir efeito político-eleitoral em benefício dos adversários do governo Dilma, no julgamento da Ação Penal 470 – o “mensalão” – evidenciam a aliança da oposição, das elites conservadoras e do Judiciário brasileiro contra a democracia e os interesses do povo.

• Diante dessa realidade, o Partido indica que é preciso trabalhar para barrar o retrocesso e assegurar a 4ª vitória do povo, com a reeleição da presidenta Dilma Rousseff.

• O projeto nacional do PCdoB tem como prioridades, a eleição de Flávio Dino para o governo do Maranhão; o aumento da bancada comunista na Câmara Federal com a eleição de 20 deputados; a conquista de mais cadeiras no Senado Federal com a reeleição de Inácio Arruda e a eleição da deputada federal Perpétua Almeida, e ampliação das bancadas de deputados estaduais nas Assembleias Legislativas.

Em Minas Gerais, o projeto político e eleitoral do PCdoB propõe como tarefas principais:

1) Apoiar a campanha de reeleição da presidenta Dilma Rousseff, buscando derrotar no estado e em Belo Horizonte as candidaturas oposicionistas do senador Aécio Neves e do ex- governador de Pernambuco Eduardo Campos, evitando o retrocesso e contribuindo para o aprofundamento das mudanças no país.

2) Impulsionar o debate programático para a construção de um novo rumo para Minas, na disputa ao Palácio Tiradentes, garantindo a vitória do campo popular e democrático diante do desgaste de 20 anos de hegemonia neoliberal.

3) Ampliar a representação parlamentar federal do PCdoB com a eleição de dois deputados e, para isso, assegurar a meta de 75 mil votos em Belo Horizonte.

4) Consolidar as candidaturas a deputado estadual de Belo Horizonte para garantir 70 mil votos, o dobro da votação de 2010, e eleger uma bancada do PCdoB para a Assembleia Legislativa de 4 deputados no estado, ampliando a representação partidária.

Proposta de Pré-Candidaturas a Deputado Estadual

• Mario Henrique Caixa – Deputado Estadual com maior votação em BH e locutor esportivo da Rádio Itatiaia.

• Celinho do Sinttrocel – Deputado Estadual com boa votação em BH e Ex-Presidente do Sindicato dos trabalhadores rodoviários de Coronel Fabriciano.

• Gilson Reis – Vereador da capital, Presidente do Simpro-MG e Ex-Presidente da CTB.

• Zito Vieira – Ex-Candidato ao Senado (2010) com 1,5 milhão de votos, sendo 95 mil em BH, Ex-Secretário Municipal de Esporte e Presidente do Distrital de Venda Nova.

• Júlio Cesar – Diretor da Famemg e da Conan e Presidente do Distrital Leste; liderança da região Leste, principalmente do Alto Vera Cruz onde preside a Associação de Moradores local (CAC-VC).

• Geromira – Ex-Presidente do Sindicato dos Trabalhadores do IPSEMG e Diretora do SINDIBEL. Candidata a vereadora em 2012 com boa votação, liderança do funcionalismo público municipal (Saúde) e da região Oeste.

• Luiza Lafetá – Ex-Presidente da UEE, Ex-Diretora da UNE e Presidente da UJS de Minas Gerais.

. Maurício Fernandes – Ex-Candidato a vereador de Belo Horizonte e liderança da Região Pampulha

. Romualdo Alves Ribeiro – Presidente do Sindicato dos Vigilantes do Estado de Minas Gerais

5) Aprovar na próxima reunião do Comitê Municipal, as coordenações de campanhas, a distribuição das organizações partidárias pelas candidaturas e definir metas de votos por região e pelas bases, coletivos e categorias.

6) Realizar um trabalho integrado das candidaturas estaduais com a candidatura federal em BH.

7) Fortalecer as campanhas junto aos setores médios das universidades (UFMG, PUC, UNI-BH), da saúde, da área cultural e junto aos trabalhadores, juventude e mulheres, organizando e ampliando a nossa influência.

8) Intensificar a intervenção nas lutas concretas do povo e nas campanhas de massas e reinstalar o Fórum de Movimentos Sociais.

9) Avançar na estruturação partidária em BH, fortalecendo o Comitê Municipal, ativando e ampliando os comitês distritais e coletivos partidários e instituir o Fórum de Bases da capital, “para uma nova fase na ativação dos organismos diretamente ligados à vivência do povo, propiciando a troca de experiências, formulação de lutas e potencialização de suas ações” (CC). Ter como meta 1000 (mil) novos filiados até as eleições e ampliar de 50 para 100 as organizações de base em BH.

10) Fortalecer a base material e financeira do Partido, aumentando a arrecadação, para isso crescer o número de militantes que contribuem financeiramente e realizar eventos especiais nas bases para equilibrar o orçamento.

Belo Horizonte, 05 de maio de 2014.

Comitê Municipal do PCdoB-BH