Apesar de acordos com o governo, greve agrária continua na Colômbia

O governo colombiano e as organizações camponesas da Cúpula Agrária assinaram vários acordos nesta quarta-feira (14). Dentre eles, concordaram em criar uma mesa única de negociações, cujo objetivo será por fim à greve agrária que segue vigente há duas semanas em várias regiões do país.

Outro compromisso assumido é a onstituição de uma comissão especial que trate o tema das garantias e direitos humanos dos camponeses, da qual devem fazer parte delegados da Promotoria Geral e da Organização das Nações Unidas (ONU).

Sendo assim, a primeira reunião desta comissão está programada para a próxima segunda-feira (19), com o propósito de planejar o seu funcionamento, metodologia e agenda de trabalho.
O terceiro ponto do documento se refere ao tema econômico, pois as partes acordaram que, mediante uma linha de crédito do Fundo de Fomentação Agropecuário, o governo destinará 250 bilhões de pesos (130 milhões de dólares) ao setor agrário no decorrer de 2014.

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O texto inclui que o governo deve “garantir que estes recursos respondam ao princípio de anuidade e, em todo caso, dada a natureza das organizações que conformam a Cúpula Agrária, não será exigida o financiamento conjunto”.

Os agricultores representados pelo movimento Dignidade Agropecuária afirmaram que, apesar disto, irão manter a greve até que todas as suas demandas sejam satisfeitas. O líder camponês César Pachón reconheceu os avanços nas negociações, mas assinalou que a greve continua porque “o governo negociou com a Cúpula Agrária, integrada por indígenas e pelo movimento negro, mas as dignidades têm temas distintos e alguns deles estão pendentes, como o do preço dos insumos”.

O ministro da Agricultura, Rubén Darío Lizarralde, afirmou que ainda que sua intensão seja dialogar, “o governo colombiano precisa de tempo para trabalhar e poder dar resultados”.

Da redação do Portal Vermelho.
Com informações da Telesur