Paraguaios protestam contra Cartes em ato pela Independência

Estes dias 14 e 15 de maio marcam os 203 anos de independência da República do Paraguai. Em ato comemorativo o presidente Horacio Cartes, do partido Colorado, foi escrachado por manifestantes em frente ao Palácio de López, o prédio do governo, em Assunção.

Paraguaios protestam contra Horacio Cartes - Radio Tv Nuevo Paraguay

Criticado pela Lei de Aliança Público Privada, que prevê a concessão para administração de obras públicas e recurso naturais a empresas estrangeiras, o discurso de independência econômica e soberania do presidente não convenceu aos manifestantes.

O “slogan” de Cartes para apresentar o Paraguai ao empresariado estrangeiro é “usem e abusem”. Em uma reunião com empresários no Uruguai ele também chegou a se referir ao seu país como uma “mulher linda e fácil”. Por conta deste comportamento entreguista os manifestantes acusaram o presidente de “vende pátria” e “mercenário”.

No ato pela Independência o presidente fez uma entrega simbólica de flores aos libertadores da pátria: Pedro Juan Caballero, Vicente Ignacio Iturbe, Fulgencio Yegros e José Gaspar Rodríguez de Francia. Mas os manifestantes caracterizaram como “hipócrita” a atitude do presidente que entrega, ao mesmo tempo, flores aos próceres e o país à especulação financeira internacional.

“Está entregando a soberania do nosso país, estamos repudiando os vende pátria que venderam nosso país com a lei de Aliança Público Privada. É uma ofensa que [o presidente Horacio Cartes] esteja entregando flores aos heróis da nossa Independência”, afirmou o sindicalista Eduardo Ojeda, ao portal local E’a.

Em seu discurso, o presidente caracterizou como independência o direito do povo paraguaio de protagonizar o próprio destino. Afirmou ainda que um Estado Independente é o que tem capacidade de autodeterminação e sabe ocupar um lugar de dignidade e respeito diante dos outros países do mundo. “Esta celebração da Independência Nacional eu assumo como a ocasião de renovar nossos compromissos com a pátria. O meu é de governar para todos os habitantes da República com honra e consagração plena ao serviço do bem comum”.

Da Redação do Vermelho,
Mariana Serafini, com informações do E’a