Procura por emprego na China ainda é um trabalho árduo

Muitos chineses formados na universidade terão em 2014 outro "ano difícil de procurar emprego", uma questão que já se tornou comum, de acordo com uma nota publicada na terça-feira (13) pelo gabinete chinês.

Montadora de automóveis na China

O Escritório Geral do Conselho de Estado afirmou que os universitários formados somarão 7,27 milhões em 2014, atingindo um novo recorde e fazendo o ano ainda mais difícil para procurar emprego, em meio ao crescimento desacelerado da economia do país.

Esse número é o dobro de dez anos atrás, quando o governo chinês começou a estimular as universidades a matricular mais estudantes e muitos pais ainda viam a educação superior como o único meio de seus filhos terem sucesso.

No entanto, a educação superior no país se tornou muito comum, disse Mo Rong, diretor do Instituto de Força de Trabalho Internacional e Seguridade Social, subordinado ao Ministério dos Recursos Humanos e da Seguridade Social. A situação já não é a mesma nos anos 1980, quando diplomas universitários significavam empregos estáveis e respeitadas.

"Há cerca de 15 milhões de jovens chineses que entram no mercado de trabalho todos os anos, sendo que quase a metade será de universitários formados neste ano", disse Mo.

O total de pessoas que procuram emprego a cada ano é de cerca de 25 milhões.

O crescente desemprego e diplomas menos valorizados levam à situação árdua para recém-formados, muitos dos quais ainda querem postos atraentes com remunerações altas.

O governo promulgou medidas incluindo isenções de imposto para estimular que universitários formados iniciem seus próprios negócios, escolham empresas em vez de instituições públicas e procurem empregos em cidades médias com menos concorrência.

Fonte: Agência Xinhua