Unasul e OEA decidem enviar observadores para eleições na Colômbia

Delegações da União de Nações Sul-americanas (Unasul) e da Organização de Estados Americanos (OEA) trabalharão como observadoras internacionais nas eleições presidenciais da Colômbia, no próximo domingo (25), junto a mais de quatro mil observadores nacionais e outros designados nos locais de votação no exterior.

Há saída para os conflitos na Colômbia? - Reprodução

Em declarações à emissora RCN Rádio, a diretora da Missão de Observação Eleitoral (MOE), Alejandra Barrios, pediu aos cidadãos que reportem qualquer irregularidade detectada durante o processo eleitoral.

"É importante garantir cada voto," disse, e "isso implica um desafio muito grande, sobretudo nos departamentos de Caquetá e Putumayo e na cidade de Tumaco, onde esperamos que não se apresentem problemas."

Leia também:
Cuba saúda acordo e afirma compromisso com diálogos de paz da Colômbia

Eleições na Colômbia: Farc e ELN anunciam cessar-fogo unilateral

Barrios disse que a MOE trabalha em um plano para preservar o exercício democrático do voto em municípios considerados de alto risco. "Achamos que nesta eleição será maior o número de eleitores votando, daí a necessidade de nos manter atentos ao transcurso das votações," assinalou.

Espionagem

Após a revelação das ligações entre o candidato presidencial Oscar Ivan Zuluoga, espaldado pelo ex-presidente Alvaro Uribe, com o hacker Andrés Sepúlveda, vários parlamentares reivindicam a sua renúncia às eleições. O senador Simón Gaviria, que lidera o Partido Liberal, exortou Zuluoga a abandonar a sua candidatura ao rechaçar a estratégia irregular, desenhada com a colaboração do seu “ex-acessor espiritual” Luis Alfonso Hoyos.

Segundo as denúncias feitas através de uma gravação em vídeo, Zuluaga recebia informações obtidas por Sepúlveda através da espionagem e das interceptações telefônicas. A difusão do vídeo deixou o clima eleitoral comprometido. Sepúlveda também participou das interceptações ilegais das comunicações dos delegados no processo de paz entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), em um esquema que teria sido liderado pelo próprio Zuluaga.

Com informações da Prensa Latina,
Tradução da Redação do Vermelho