Bancada feminina quer usar tecnologia para combater violência 

Deputadas da bancada feminina e jovens hackers debateram maneiras de fazer com que as novas tecnologias de comunicação contribuam com o combate à violência contra a mulher, tanto na internet quando nas ruas. A reunião ocorreu, semana passada, no Laboratório Hacker, implantado este ano pela Câmara dos Deputados, e contou com a participação de desenvolvedoras e programadoras de diferentes partes do País. 

Bancada feminina quer usar tecnologia para combater violência - Agência Câmara

Para a coordenadora da bancada feminina, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), o futuro está no uso das novas tecnologias, que podem servir para aproximar a população do Parlamento e contribuir com a luta contra a intolerância e a violência que chegou a situações alarmantes.

“Agora vemos mulheres sendo linchadas nas ruas por causa de boatos nas redes sociais. Iremos desenvolver uma ampla campanha pelo combate a intolerância, pela justiça e pela paz nas ruas”, afirmou Jô Moraes.

Ficou firmado o compromisso para a realização de uma maratona hacker sobre gênero em novembro deste ano. Durante a maratona, desenvolvedores de todo o País se dedicarão a programar aplicativos e serviços de internet para tratar de questões relacionadas a gênero, dentre elas o empoderamento da mulher e o combate à violência.

“A Procuradoria da Mulher e a bancada feminina estão trabalhando para fazer novas parcerias e abrindo novas portas para ampliar o nosso tema. Mostra uma evolução de projetos, como o Concurso sobre a Lei Maria da Penha, que na próxima edição poderá ser voltado para o desenvolvimento de aplicativos para internet e celulares”, afirmou a procuradora da Mulher, deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA).

De acordo com Boris Utria, diretor de operações do Banco Mundial, há interesse em contribuir para que os aplicativos e serviços desenvolvidos na maratona e no Concurso sobre a Lei Maria da Penha estejam prontos para uso pelos cidadãos brasileiros.

Da Redação em Brasília
Com Agência Câmara