Movimentos sociais denunciam retrocesso democrático no Paraguai
Na tarde desta quarta-feira (4), uma delegação de representante de diversos movimentos sociais e políticos do Paraguai fizeram uma entrega formal à Secretaria Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) de uma carta onde denunciam o retrocesso grave da democracia no país, provocado pelo presidente Horacio Cartes, além da violação sistemática dos direitos humanos e sociais da população paraguaia.
Publicado 05/06/2014 15:42

Na carta recebida pelo embaixador Alfonso Quiñonez, secretário de Relações Externas da OEA, os ativistas pontuaram vários eixos que classificam como preocupantes, com relação à violação dos direitos sociais e econômicos da população paraguaia durante o atual governo do presidente Horacio Cartes.
Aumento do monopólio das propriedades de terra e crescimento das desigualdades sociais, modelo econômico agroexportador gerador de exclusão social, omissão total sobre a situação da estrutura tributária do país, que se qualifica como a mais desigual do continente, retrocesso das políticas de inversão social – também uma das mais baixas da América -, aprovação de uma Lei de Aliança Público Privada inconstitucional, e em detrimento dos interesses do povo paraguaio são alguns dos elementos citados na carta sobre a grave situação social e econômica do Paraguai.
As organizações responsáveis pela carta solicitam à OEA um pronunciamento e um chamado ao Estado paraguaio e ao governo do presidente Horacio Cartes, além da criação de instâncias especiais da Comissão Interamericana de Direitos Humanos para abrir uma investigação sobre a situação do Paraguai neste caso.
Da redação do Vermelho,
Mariana Serafini, com informações da Frente Guasu