China e Liga Árabe concluem fórum de cooperação em vários setores

Wang Yi disse que os participantes do fórum deverão utilizar o papel de liderança e o mecanismo político para aumentar a confiança estratégica mútua e fortalecer as cooperações entre os membros, através das negociações de alto nível.

Os participantes deverão manter contatos mais frequentes nos assuntos políticos e em caso de crise, além de fortalecer as negociações nos assuntos internacionais mais destacados. A China e a Liga Árabe deverão marcar mais encontros nas conferências internacionais, promovendo a eficiência do contato entre as duas partes.

O chanceler chinês apontou também a importância da promoção do mecanismo comercial do fórum. Wang pediu a criação de um mecanismo de coordenação no mercado energético, assim como o impulso da cooperação no fabrico de infraestruturas no mesmo setor.

Na sua opinião, a China e a Liga Árabe podem divulgar mais políticas para a facilitação do comércio e investimento, e procurar um caminho para desenvolver zonas industriais. Segundo Wang Yi, o fórum deverá transformar-se num instrumento para concretizar esses planos.

Os dois lados podem discutir a criação de um centro de transferência técnica e um centro de treinamento para geração de energia nuclear com fins pacíficos, assim como a concretização do sistema de navegação chinesa Bei Dou no Oriente Médio. Os projetos-modelo devem ajudar a promover as cooperações bilaterais.

Nesta edição do fórum, a China e a Liga Árabe aprovaram a Declaração de Pequim, o Plano de Ação para o período entre 2014 e 2016, e o Plano de Desenvolvimento para os próximos 10 anos.

Estes três importantes documentos deverão servir como guia para a realização de uma conjuntura de benefícios mútuos entre a China e os países membros da Liga Árabe. Nabil el-Araby, o secretário-geral da Liga, disse que a cooperação entre a China e os países da organização é um bom modelo para a cooperação sul-sul, e que o fórum deverá servir para elevar a cooperação.

"Durante esta conferência chegamos a vários consensos para a cooperação sino-árabe, especialmente nas áreas da saúde e prevenção da desertificação, áreas valorizadas pelas duas partes, porque os países árabes possuem muita área de deserto e, por isso, sofrem uma carência grave de recursos hídricos para a produção agrícola. Acho que os países árabes devem aprender com a experiência da China," disse el-Araby.

Com informações da Rádio China Internacional