Governo e Febraban firmam parceria para combater crimes

O Governo do Estado e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) assinaram, na última quinta-feira (5/6), em Salvador, um termo de cooperação técnica para combater os crimes contra as instituições bancárias. A cerimônia que selou a parceria, que por objetivo criar ações conjuntas de combate à criminalidade, aconteceu na sede do Ministério Público do Estado (MP-BA), no CAB.

De acordo com dados divulgados pelo Sindicato dos Bancários da Bahia (SBBA), até a última quarta-feira (4/6), foram registrados, de janeiro até agora, 107 ataques a bancos na Bahia. Dessas ocorrências, 18 aconteceram na capital, Salvador, e as outras 89, nos municípios do interior.

A Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-BA) informou que, apesar dos números assustadores, vem reduzindo os índices de assaltos às agências bancárias e de sequestros de gerentes, desde 2011. Segundo a secretaria, mais de 200 pessoas envolvidas neste tipo de crime foram presas e 20 quadrilhas foram desarticuladas, só no ano passado. 

O presidente da Federação dos Bancários da Bahia e do Sergipe (FEEB/BA-SE), Emanuel Souza, considerou a parceria entre o Governo estadual e a Federação dos Bancos é positiva, mas ponderou: “Qualquer iniciativa que seja tomada é bem-vinda, mas os bancos precisam investir muito mais na segurança física das suas agências”.

O diretor jurídico da Febraban, Antonio Carlos Negrão, garantiu que a entidade pretende contribuir disponibilizando com mais rapidez as imagens de segurança com registro da ação dos criminosos. Negrão também afirmou que a Federação vai buscar alternativas de forma conjunta com a polícia para combater crimes contra agências bancárias e caixas eletrônicos.

Presente no encontro, o governador Jaques Wagner afirmou que a ação conjunta com a federação é positiva, mas defendeu, também, uma legislação que permita a destruição das cédulas em casos de assalto. "Já temos tecnologia para isso, basta apenas ter uma legislação específica. Com a destruição das cédulas, o combate seria mais efetivo", defendeu Wagner, através da assessoria.

De Salvador,
Erikson Walla