Tropa de Choque expulsa grevistas de estação do Metrô de SP

Durante um piquete que terminou em confronto com a Polícia Militar na manhã desta sexta-feira (6) na estação Ana Rosa do Metrô, sindicalistas relataram que o governo está pressionando funcionários da supervisão a furar a greve que começou nesta quinta (5). De acordo com a diretora do sindicato dos metroviários, Celina Maranhão, os supervisores querem participar da greve, mas são impedidos pela Companhia do Metrô.

Depois de o Metrô rejeitar a proposta do desembargador por um reajuste de 9,5%, o Ministério Público do Trabalho sugeriu um índice de 9,2%, o que também foi rechaçado pela empresa. "Nosso diálogo está entre 8,8% e 9,2% do MPT, ou seja, estamos falando de 0,4. Considerem que essa é a distância que separa da conciliação", apelou o desembargador, que voltou a cobrar uma postura mais aberta da companhia após um intervalo para que as partes pensassem em um acordo.

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Na véspera, a estatal paulista também rejeitou a proposta dos metroviários de garantir um dia de catraca liberada para a população. O sindicato chegou a informar que a categoria aceitava o desconto de um dia de trabalho na folha salarial como demonstração de vontade de evitar a greve, mas a ideia foi rechaçada pela empresa, que alegou não poder arcar com as perdas econômicas provocadas pelo não pagamento de bilhetes.ios era impedir a abertura da estação e que o plano de contingência do Metrô fosse acionado, pois, de acordo os manifestantes, o pessoal que seria deslocado para este plano não está acostumado nem devidamente qualificado para operar o sistema, e também para não tirar a força da greve.

"A gente vai garantir que os supervisores, que ontem foram obrigados pela empresa a furar a greve, que eles não trabalhem hoje. Eles não têm condições psicológicas. Agora, o governo mandou a PM até aqui para coibir o nosso piquete", afirmou Celina Maranhão, diretora do sindicato.

Segundo Raimundo Cordeiro, também diretor do sindicato da categoria, os supervisores se reuniram e decidiram que não vão trabalhar e irão aderir à greve. "Eles (supervisores) não têm experiência na condução. Estamos fazendo isso também para proteger a população", explicou Celina.

Audiência convocada para o final da tarde desta sexta (6), a pedido do sindicato da categoria, não consegue avançar na questão central, a respeito do índice de reajuste salarial a ser aplicado este ano.

Sem diálogo

A falta de consenso foi criticada pelo desembargador Rafael Pugliese Ribeiro, da Seção Especializada em Dissídio Coletivo, relator das ações relativas à greve 

"Nós estamos nos esforçando na negociação, aceitamos reduzir o reajuste, que não é algo que fazemos com agrado. Esperamos que a companhia também se esforce", disse o presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Junior. "Queríamos ter resolvido o problema. A empresa enviou cartas de ameaça de demissão aos trabalhadores, o secretário apareceu na TV dizendo que ia demitir trabalhadores e isso não ajuda, só tensiona mais a negociação." Os metroviários disseram aceitar reduzir a proposta de reajuste defendida na véspera, de 12,2%, desde que a companhia se dispusesse a elaborar planos de carreira de para seguranças e oficiais de manutenção. Na visão dos representantes da categoria, essa mudança não traria custo econômico para a empresa e seria suficiente para encerrar a paralisação.

Depois de o Metrô rejeitar a proposta do desembargador por um reajuste de 9,5%, o Ministério Público do Trabalho sugeriu um índice de 9,2%, o que também foi rechaçado pela empresa. "Nosso diálogo está entre 8,8% e 9,2% do MPT, ou seja, estamos falando de 0,4. Considerem que essa é a distância que separa da conciliação", apelou o desembargador, que voltou a cobrar uma postura mais aberta da companhia após um intervalo para que as partes pensassem em um acordo.

Na véspera, a estatal paulista também rejeitou a proposta dos metroviários de garantir um dia de catraca liberada para a população. O sindicato chegou a informar que a categoria aceitava o desconto de um dia de trabalho na folha salarial como demonstração de vontade de evitar a greve, mas a ideia foi rechaçada pela empresa, que alegou não poder arcar com as perdas econômicas provocadas pelo não pagamento de bilhetes.

Com informações do Jornal do Brasil e Rede Brasil Atual