Em assembleia, metroviários de São Paulo decidem continuar a greve

Completa cinco dias nesta segunda-feira (09), a greve dos metroviários de São Paulo. A categoria, que deflagrou a paralisação na última quinta-feira (05), decidiu em assembleia realizada na noite deste domingo (8) pela manutenção do movimento paredista.

5 Dia greve do metrô - CTB

A decisão foi tomada após um julgamento rigoroso do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, que decidiu pelo cumprimento à risca da oferta do Metrô aos trabalhadores (8,7%), pela abusividade da greve e pelo desconto dos dias parados, além de não garantir estabilidade aos grevistas.

O TRT estabeleceu também outra multa de R$ 500 mil a ser aplicada se os grevistas resolverem manter a paralisação, mas não ficou claro se a nova penalidade substitui ou será adicionada à primeira, que era de R$ 100 mil.

Reivindicações

O Sindicato oficializou um pedido à presidenta Dilma para que ela auxilie a categoria a reabrir as negociações com o governador Geraldo Alckmin. Com 104 itens, a pauta original dos metroviários incluía reajuste salarial de 7,95% mais aumento real (acima da inflação) de 25,5%, totalizando 35,47%.

Posteriormente, a reivindicação ficou em 12,2%. O Metrô ofereceu inicialmente 5,2% (variação do IPC-Fipe em 12 meses, até abril, véspera da data-base) e elevou a oferta a 8,7%.

Os trabalhadores reivindicam ainda piso de R$ 2.778,63 (valor correspondente ao salário mínimo calculado pelo Dieese em fevereiro) – o atual é de R$ 1.323,55. O vale-alimentação, de R$ 247,69 no atual acordo coletivo, passaria a R$ 379,80. O Metrô propôs R$ 290. E o vale-refeição (R$ 25,65) seria corrigido em 13,25%, enquanto a empresa ofereceu 8,7% mais retirada da parte cobrada dos funcionários, que varia conforme o salário.

Fonte: CTB