Metroviários de São Paulo decidem manter greve

Os metroviários decidiram manter a greve em São Paulo, que já dura quatro dias. Mesmo após decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), que neste domingo (8) considerou a greve abusiva, os trabalhadores decidiram em assembleia manter a paralisação. A categoria deve se reunir novamente nesta segunda-feira (9), às 13 horas.

Metroviários de SP decidem continuar greve

Também para segunda-feira está agendado um grande Ato Público, às 7 horas, na estação Ana Rosa. O Ato terá a participação do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) e outros movimentos sociais.

No domingo, o Sindicato oficializou um pedido à presidenta Dilma para que ela auxilie a categoria a reabrir as negociações com o governo estadual.

"Tem uma Copa do Mundo, o maior evento esportivo do mundo. O governo do estado tem eleições no fim do ano, tem que negociar. Temos que enfrentar o governo", justificou Altino Melo dos Prazeres, presidente do Sindicato dos Metroviários.

Justiça diz que greve é "ilegal"

O Tribunal Regional do Trabalho julgou na manhã deste domingo (8) como "abusiva" a greve e estabeleceu "multa diária" de R$ 100 mil caso os metroviários continuem a greve.

"Com ou sem greve, poder haver demissões. O governador Geraldo Alckmin odeia a gente. Esses caras são financiados por empresas", disse o presidente do sindicato, Altino Melo Prazeres.

Durante a assembleia, quatro pessoas falaram a favor da greve e quatro se pronunciaram contra a greve. A continuidade da greve foi decidida pela maioria das pessoas presentes. A decisão foi estabelecida pela contraste de mãos levantadas. Funcionários que falaram contra a continuidade da greve foram vaiados.

Há quatro dias em greve, a categoria fechou estações e deixou muitos paulistanos sem transporte público. Os metroviários reivindicavam reajuste de 35,47%. Durante as negociações, o percentual foi reduzido para 16,5% e, na última audiência no TRT, 12,2%. O governo paulista ofereceu inicialmente 5,2%, depois melhorou a proposta para 7,98% até bater o pé em 8,7%, estabelecendo o impasse.

Enquanto o sindicato mantinha piquetes em importantes estações do Metrô paulistano, incluindo a Estação Santa Rosa, onde houve forte repressão da Polícia Militar na última sexta-feira (5), o governador Geraldo Alckmin aguardava a decisão deste domingo para, se necessário, demitir grevistas e reabrir as estações com o auxílio de força.

Em nota, o Metrô afirmou que "respeita" a decisão do TRT e cumprirá as determinações da Justiça. A companhia aguarda o retorno imediato dos empregados ao trabalho para que o sistema volte a operar integralmente. A empresa tem se negado a negociar com os metroviários.

Do Portal Vermelho, com agências