Argentina agradece apoio de Cuba a sua reivindicação pelas Malvinas

O vice-presidente argentino, Amado Boudou, agradeceu o respaldo permanente do governo e povo cubanos ao reclame de seu país pela soberania das Ilhas Malvinas, ocupadas pelo Reino Unido desde 1833.

Malvinas

Boudou iniciou nesta quinta-feira (26) uma visita oficial de cinco dias a Cuba, fazendo uma homenagem ao Herói Nacional cubano, José Martí, no Memorial na Praça da Revolução, em Havana.

“O direito da Argentina à soberania sobre as Malvinas – juntamente com as ilhas Sandwich do Sul e Georgias do Sul e os espaços marítimos circundantes – é um tema de toda América Latina e Caribe”, afirmou Boudou à Prensa Latina. “Nossa reivindicação é a partir da razão, da história, da geopolítica. As Malvinas são argentinas e devem fazer parte de nossa soberania”, enfatizou.

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O Comitê Especial de Descolonização da Organização das Nações Unidas (ONU) adotou uma nova resolução que chama ao diálogo para pôr fim à situação colonial dessas ilhas, uma exigência ignorada por Londres durante os últimos 30 anos.

A iniciativa foi apresentada pelo Chile, com a coparticipação da Bolívia, Cuba, Equador, Nicarágua e Venezuela. Em visita ao Centro de Estudos de Economia Cubana, onde dialogou com economistas e pesquisadores da ilha, Boudou destacou o papel da integração regional na batalha por derrotar o que denominou como o colonialismo econômico imposto.

“É importantíssimo que nossos povos e governos sigam trabalhando pela unidade da Pátria Grande latino-americana e caribenha, pois somos parte de um projeto de independência que não se concluiu”, afirmou.

Advogou, além disso, por uma integração sobre bases de solidariedade e complementariedade, e expressou a necessidade de redirecionar o comércio, que a América Latina e Caribe direcionam para outros continentes, para o interior da região,.

Durante sua visita a Cuba, o vice-presidente argentino percorrerá centros científicos e projetos que fazem parte das transformações econômicas que realiza a ilha, como parte da atualização de seu modelo econômico. De acordo com a agenda prevista, Boudou realizará encontros com dirigentes e funcionários do Estado cubano.

Fonte: Prensa Latina