Sem acordo, greve na Unicamp, USP e Unesp continua
Terminou sem acordo a reunião do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp), com o Fórum das Seis da última quarta-feira (02). A presidenta do (Cruesp) e reitora da Unesp, Marilza Vieira Cunha Rudge, iniciou a conversa informando que a reunião só foi marcada porque as categorias vinham solicitando, como demonstração de que não seriam intransigentes. Mas mantiveram a cantilena das dificuldades financeiras e o reajuste zero na data-base.
Publicado 07/07/2014 10:38
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), o reitor José Tadeu Jorge, não se manifestou em nenhum momento, descumprindo a deliberação do Conselho Universitário (Consu) de que deveria buscar intermediar uma negociação efetiva com os trabalhadores.
A USP foi representada pelo vice-reitor, Vahan Agopyan, que limitou-se a repetir o que aquela Universidade vem difundindo na mídia sobre o descontrole administrativo da instituição que teria gerado uma “crise”.
Os representantes do Fórum das Seis ressaltaram o fato de que o ICMS cresce com a inflação, oficialmente em 7,05% de acordo com o ICV-Dieese, e que isso repercute diretamente no repasse feito às instituições de ensino superior. A cobrança de negociação efetiva e atendimento à pauta unificada também foi reafirmada.
Mas a única resposta dos reitores foi afirmar que será marcada uma nova reunião, cuja data se comprometeram a informar na próxima segunda-feira.
Servidores das três universidades públicas estaduais (Unesp, Unicamp e USP) estão em greve desde o dia 27 de maio.
Os servidores decidiram cruzar os braços diante da proposta dos reitores de não conceder reajuste salarial à categoria neste momento. Pedem reajuste de 9,78%. Tradicionalmente, os servidores ganham reajuste em maio –em 2013, foi de 5,39%.
Os docentes da Unicamp e da USP, na quarta-feira (2) mantiveram a greve, assim como as demais categorias."Diante de mais essa demonstração de desrespeito, o comando de greve na Unicamp indica a continuidade da paralisação", destaca em nota o STU.
Fonte: CTB