Aviação iraquiana multiplica ataques a islamistas em Al-Anba

A aviação militar retomou nesta terça-feira (8) os bombardeios contra posições de elementos extremistas sunitas em Al-Anbar, apoiando a contraofensiva terrestre, ainda que a instabilidade imperante no Iraque tenha provocado a retirada de dois bancos ocidentais do país.

Estado Islâmico do Iraque e da Síria - Yaser Al-Khodor / Reuters

Aviões de combate, incluídos caças Sukhoi recentemente adquiridos na Rússia, e outros fornecidos por aliados regionais, atacaram diversas partes de Fallujah, usada como base de operações pelo Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL), nomeado agora Estado Islâmico (EI).

Fontes do departamento de segurança indicaram que em várias das incursões desta terça-feira foram abatidos vários "takfiristas" (fundamentalistas sunitas) e destruídos veículos de artilharia, munições e depósitos de armas, sobretudo em áreas fronteiriças com a Síria.

A agência governamental de notícias NINA informou que aviões supostamente sírios bombardearam na segunda-feira instalações do porto de Al-Waleed ocupadas por extremistas islâmicos na região de limite com a Síria e na demarcação oeste de Al-Anbar, mas a cifra de vítimas e danos é ainda desconhecida.

Violentos combates foram registrados também cerca da ponte Albu Farraj no norte de Ramadi, capital de Al-Anbar, quando tropas do Exército, forças especiais de segurança e membros dos Conselhos Sahwa (tribos sunitas moderadas) evitaram um assalto dos irregulares.

Por sua vez, o Ministério de Defesa anunciou que equipamentos da Força Aérea dispararam contra esconderijos e quartéis do EIIL, conhecido em árabe como DAESH, em Jurf Al-Sakhar, o que constituiu a continuação das operações iniciadas segunda-feira na cidade de Babilônia.

Um comunicado qualificou de "dolorosos e decisivos golpes" os realizados contra o EI e seus aliados sunitas radicais em ações em Tikrit, capital da província de Salaheddin, e Mosul, da demarcação de Nínive, também ao norte, e segunda cidade do Iraque, ambas em mãos takfiristas desde junho.

Porta-vozes policiais no distrito de Sharqat, em Tikrit, afirmaram que nas últimas horas residentes da aldeia de Al-Zwaiya mataram 16 insurgentes e destruíram seis veículos equipados com metralhadoras automáticas.

A página digital Shafaq News informou que o banco Standard Chartered fechou suas filiais em Bagdá e em Erbil, capital da região autônoma do Curdistão iraquiano, e levou suas operações a Dubai; já o o Citigroup fez desviou suas atividades a Aman, Jordânia.

A decisão, segundo a fonte, foi devido à crise de segurança que o Iraque vive desde a ofensiva lançada em começo de junho pelo DAESH, cuja liderança financia boa parte de suas despesas militares com fundos expropriados de bancos em várias localidades que eles ocuparam no país.

O EI se apropriou de 450 milhões de dólares e das reservas de ouro do Banco Central do Iraque em Mosul no mês passado, ainda que permita que continuem seus trabalhos os empregados de filiais de agências internacionais nessa cidade, informou a Shafaq News.

Fonte: Prensa Latina