Argentina vive sob ameaça de ataque de novos "fundos abutres"
Um novo grupo de credores da dívida argentina já iniciaram ações para tentar obter benefícios similares aos concedidos aos fundos abutres por um tribunal de Nova York, segundo informações publicadas pelo Cronista Comercial e repercutidas pela Prensa Latina.
Publicado 16/07/2014 16:36

De acordo com esse diário, a empresa Bingham McCutchen desenvolve manobras para agrupar titulares de dívidas que não entraram na negociação da dívida argentina em 2005 e 2010, ainda pendentes de uma sentença judicial.
O propósito deste grupo é "promover os direitos de seus membros, à luz dos preceitos de igualdade de tratatamento introduzidos pela Corte do Distrito dos Estados Unidos em Nova York", segundo um comunicado da Bingham MacCutchen.
Acrescenta-se nesse documento, que já começaram "as discussões de conciliação" para obter igual tratamento que o fundo abutre NML com o objetivo de cobrar 100% da dívida.
O chamado, difundido nos Estados Unidos, está dirigido aos detentores de importantes quantidades destes títulos, incluindo títulos que não foram emitidos ao amparo da legislação de Nova York, daí que o grupo siga crescendo, convidando a comunicar-se rapidamente com a empresa Bingham McCutchen.
De acordo com a sentença do juiz Thomas Griesa, ratificado em 16 de junho pela Corte Suprema dos Estados Unidos, sentencia-se ao governo argentino o pagamento de mais de 1.300 bilhão de dólares aos fundos NML, Aurelius e outros participantes nesse reclame.
O governo argentino tem alertado que, ao efetuar esse pagamento, outros credores pendentes de reestruturação que não se beneficiaram diretamente com a referida sentença, tentariam obter igual benefício com o qual o montante da demanda se elevaria a cerca de 15 bilhões de dólares, acrescenta o Cronista Comercial.
Corre-se o risco, inclusive, de aplicação da cláusula de direito sobre futuras ofertas (Rufo, por suas siglas em inglês).
Em virtude da cláusula Rufo poderiam exigir igual tratamento os titulares de dívidas que aceitaram as negociações em 2005 e 2010, 92% do total, com o que a soma chegaria a cerca de 120 bilhões de dólares.
Fonte: Prensa Latina