Contribuição da Sec. de Combate ao Racismo para a frente Popular

Mudar para avançar nas conquistas e na valorização do povo do morro e do asfalto da Cidade Maravilhosa.

A mudança se faz necessária! E essa é uma das maiores aspirações da população de nosso estado. A importância e o dinamismo, adquirido pelo estado do Rio de Janeiro pós a 2ª vitória do povo brasileiro nas eleições de 2006 que incidiu na reeleição de Lula, é substancial.

Toda a condição de crescimento sócio econômico, cultural e histórico, em que vivenciamos hoje, deve–se ao Governo Federal, através de Lula e hoje Dilma Rousseff, que buscou uma política ampla, cuidadosa e transparente na aquisição de um projeto inclusivo, que permitiu melhorias do Estado e da sua população.

Desta forma, o Rio que perdeu seu protagonismo, quando perdeu sua condição de capital nos meados dos anos de 1960. Recupera-se, e nunca passou por investimentos de tal montante desde então. Temos um estado que se destaca no cenário internacional, pela sua condição de poder sediar grandes eventos a exemplo do Pan Americano de 2007, a Copa 2014 e as Olimpíadas de 2016.

A unidade das esquerdas é a base da vitória

É neste sentido que precisamos avançar nas mudanças e não podemos ter retrocesso, pois a luta que se avizinha será dura e portanto, uma nítida e firme demarcação de campo é necessária.

Essa nova arrancada somente se dará com um pensamento e política ampla, avançada e inclusiva, onde construiremos uma maioria social e política pela esquerda, e com o protagonismo dos movimentos sociais. Citamos a Luta por Igualdade Racial, de Mulheres, Trabalhadores, Juventude e GLBTT, capazes de impulsionar essa Frente Popular do morro ao asfalto.

É a vitória desse campo progressista, da Frente Popular que irá iniciar uma recomposição do estado como parte condutora do desenvolvimento nacional, baseada na afirmação dos valores econômicos e das pessoas que aqui vivem e trabalham, a partir da valorização desses trabalhadores (as) e dessa população que edifica a economia local nos seus vários segmentos, sejam os servidores públicos – que a exemplo dos professores, são tratados hoje com um nível de desrespeito nunca visto antes – sejam os trabalhadores da área de transformação, que percebem um esvaziamento enorme no parque industrial do município, vendo a perda dos postos de trabalho, e da qualidade de vida com as empresas indo embora para dar lugar à especulação imobiliária e ao turismo.

Sua população é marginalizada e banalizada pelo governo do estado. Para o então Governador do Estado (Sérgio Cabral) as mulheres da comunidade são uma verdadeira fábrica de bandidos. Esse é o trato com aqueles que mais precisam.

As UPP’s são uma realidade, transformou lugares e pessoas, e se transformou também em máquina de matar gente. E essa gente tem cor, idade e RG, um olhar preconceituoso, uma visão burguesa e distante dos fatos, dizendo de forma enviesadas, que em comunidade só moram bandidos, desconsiderando famílias e modo de vida construída ao longo da história excludente de nosso país. Justificando assim a condição de seus policiais entrar, julgar e sentenciar, o primeiro que dentro de sua avaliação pode se considerado um transgressor, desta forma o Estado passa a ter o direito de matar. Podemos citar os infelizes exemplos da Rocinha (Amarildo Dias de Souza) em 14/07/13, morro da Congonha em Madureira (Claudia Silva Ferreira) em 16/03/14, e tantos outros que poderíamos elencar aqui, todos pretos e pobres.

É hora de mudança, e hora do novo e a vez de Lindberg Farias

A violência homicida, que era patrimônio indesejado dos centros urbanos do Rio, com seu crescimento maciço e caótico desloca-se para áreas de menor densidade e peso demográfico, como o interior e a Baixada. Onde o poder público não teve vontade política de chegar, e onde está a população majoritariamente negra, são esses os chamados espaços segregados, áreas urbanas em que a infraestrutura urbana de equipamentos e serviços (saneamento básico, sistema viário, energia elétrica e iluminação pública, transporte, lazer, equipamentos culturais, segurança pública e acesso à justiça) é precária ou insuficiente. E onde o valor das passagens, podemos falar da Baixada, e em especial Duque de Caxias, é extremante alto e, por esses e outros motivos, há baixa oferta de postos de trabalho.

Os avanços na área de Educação precisam ser alcançados, e desta forma nos colocam diante de novos desafios, enfrentar os desafios e preconceitos quando da não implementação da Lei 10639/03. Também podemos prosseguir ampliando o esforço da educação no período integral; suprir a demanda por creches em tempo intergral; reduzir ainda mais a taxa de analfabetismo; promover a valorização dos profissionais da educação.

Investimentos em ciência, tecnologia e inovação: Futuros e esperança da Juventude Negra.

A construção de novos paradigmas para superar a violência contra a juventude em todos os seus aspectos pode ser alcançada com novas ações e gestos como o acesso aos investimentos que o Governo Federal tem disponibilizado.

Construir um estado sem Racismo.

Na construção de uma sociedade sem racismo e de combate a toda forma de violência contra a mulher, em especial a mulher negra, é necessário uma política eficaz de combate a prática de violência contra elas; a promoção de igualdade social para os negros e a luta de combate ao racismo; defesa dos direitos da população indígena. Defesa da ampla liberdade religiosa; combate às opressões e discriminações que desrespeitem a livre orientação sexual.

A construção de um Estado sem racismo passa pela criação da Secretaria Estadual de Combate ao Racismo no estado do Rio de Janeiro, e pela transversalidade do negro nos espaços de poder.

*Mônica Custódio – Secretária de Combate ao Racismo do PCdoB/RJ