Fidel repudia ataque a avião malaio e bombardeios de Israel a Gaza

O líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, expressou repúdio pela derrubada de um avião da Malaysia Airlines sobre território da Ucrânia, controlado pelo governo belicista do "rei do chocolate", Petro Poroshenko. Em um artigo intitulado "Provocação insólita", publicado nesta sexta-feira (18), Fidel expressou também solidariedade com o heroico povo palestino ante a invasão do exército israelense à Faixa de Gaza. Leia a íntegra do artigo, traduzido pela Prensa Latina.

Fidel Castro - Reprodução

Hoje pela manhã as informações estrangeiras estavam saturadas com a insólita notícia de que um avião da linha Malaysia Airlines havia sido atingido a 10.100 metros de altura enquanto voava sobre o território da Ucrânia, pela rota sob o controle do governo belicista do rei do chocolate, Petro Poroshenko.

Cuba, que foi sempre solidária com o povo da Ucrânia, e nos dias difíceis da tragédia de Chernobil atendeu a saúde de muitas crianças atingidas pelas nocivas radiações do acidente e sempre estará disposta a seguir atendendo, não pode deixar de expressar seu repúdio pela ação de semelhante governo anti-russo, anti-ucraniano e pró-imperialista.

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Por sua vez, coincidindo com o crime do avião da Malásia, o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu, chefe de um Estado nuclear, ordenava seu exército invadir a Faixa de Gaza, onde haviam morrido em poucos dias centenas de palestinos, muitos deles crianças. O presidente dos Estados Unidos apoiou a ação, qualificando o repugnante crime como ato de legítima defesa. Obama não apoia David contra Golias, mas Golias contra David.

Como se sabe, homens e mulheres jovens do povo de Israel, bem preparados para o trabalho produtivo, serão expostos a morrer sem honra nem glória. Ignoro qual será a doutrina militar dos palestinos, mas conheço que um combatente disposto a morrer pode defender até as ruínas de um edifício enquanto tenha seu fuzil, como demonstraram os heroicos defensores de Stalingrado.

Desejo apenas fazer constar minha solidariedade com o heroico povo que defende o último pedaço do que foi sua pátria durante milhares de anos.

Fidel Castro Ruz, Havana, 17 de julho de 2014.

Fonte: Prensa Latina