FMI alerta que desemprego alto na Europa pode ser permanente
O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou nesta sexta-feira (18) sobre o perigo do desenvolvimento na Europa de um círculo vicioso de desemprego permanentemente alto e de elevadas taxas de endividamento com respeito ao produto interno bruto.
Publicado 18/07/2014 20:08
Sua diretora geral, Christine Lagarde, disse que essas condições colocam em perigo o investimento e reduzem o crescimento futuro, pois, ainda que exista uma leve recuperação e que a confiança dos mercados financeiros é otimista, é necessário um crescimento forte, duradouro e mas inclusivo.
Lagarde considerou que sem esse incremento seria difícil enfrentar os legados deixados pela crise, como o alto desemprego e o elevado endividamento.
A máxima figura do FMI afirmou que estes dois aspectos são decisivos e têm um impacto importante no futuro de Europa, que continua enfrentando desafios significativos a largo prazo.
Por isso, convocou o velho continente a enfrentar os obstáculos estruturais que prejudicam a inovação, a criação de emprego e a produtividade, aspectos nos quais houve avanços, mas onde ainda falta muito por fazer.
Lagarde explicou que, se todas as economias da Eurozona reduzem entre 10 e 20% sua brecha de produção e do mercado trabalhista, o PIB poderia ser 3,5% mais alto em 2019 do que a atual previsão da instituição.
Defendeu que a política fiscal nesse bloco é em geral adequada, e que as economias que têm margem, deveriam aplicar uma política de investimento público mais resolutiva.
Com respeito ao setor bancário, instou as entidades a aproveitar as condições do mercado para aumentar seu capital e pediu às autoridades europeias que concluam as medidas para a união bancária.
Fonte: Prensa Latina