Cuba e China firmam 29 acordos após reunião de presidentes

Os presidentes de Cuba, Raúl Castro, e da China, Xi Jinping, se reuniram na terça-feira (22) em Havana em ato oficial de assinatura de 29 acordos de cooperação para fortalecer as relações entre os dois países. Os dois chefes de Estado destacaram a vontade de continuar desenvolvendo de forma "plena e integral" as relações com ênfase na agenda econômica bilateral, além de tratarem de temas internacionais. 

Xi Jinping e Raúl Castro

"Esta visita cumprirá com os propósitos de fomentar a amizade, aprofundar a confiança mútua, ampliar a cooperação e impulsionar o desenvolvimento, abrindo uma nova etapa de cooperação amistosa de benefício mútuo entre China e Cuba", disse Xi, que está desde segunda-feira à noite em Havana.

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Castro e Xi também presenciaram a assinatura de novos acordos de cooperação entre os dois governos que abrangem a concessão de duas linhas de crédito por parte da China a Cuba, uma livre de juros e a outra destinada à construção de um terminal multiuso na província oriental de Santiago de Cuba.

Além disso, funcionários das duas nações assinaram dois contratos comerciais para a provisão de produtos do níquel cubano à China, assim como um acordo sobre a participação do país asiático em projetos de perfuração no setor do petróleo.

Outros convênios incluem as áreas de saúde, biotecnologia, ensino superior, agricultura, energias renováveis, turismo, indústria, tecnologia de televisão digital, ciberespaço, provisão de equipamentos para aquedutos, meio ambiente, cultura, telecomunicações e a qualidade e segurança das exportações cubanas de tabaco e açúcar para a China.

O presidente cubano também concedeu ao líder chinês a ordem José Martí, a máxima condecoração do governo de Cuba, “pela amizade e solidariedade demonstradas" ao povo cubano e por "sua sábia condução" na construção do socialismo na China com "uma clara visão das condições e características específicas desse grande país".

O presidente do gigante asiático realiza uma visita oficial de dois dias a Cuba, a última escala de seu giro pela América Latina, onde visitou também Brasil, Argentina e Venezuela. A China é o segundo maior parceiro comercial de Cuba e a ilha o maior do país asiático no Caribe, com trocas que chegaram a US$ 1,88 bilhão em 2013, segundo dados oficiais.

Cerca de 50 empresários chineses exploraram na segunda-feira as oportunidades de negócios na ilha, atraídos pelas novas vantagens oferecidas por Cuba aos investimentos estrangeiros e pela futura zona franca de Mariel, 45 km ao oeste de Havana.

"Queremos que os empresários chineses invistam em Cuba e que se associem às empresas cubanas", disse Déborah Rivas, diretora-geral de Investimentos Estrangeiros de Cuba.

Com informações da Agência EFE, Opera Mundi e AFP