EUA e União Europeia lançam mais sanções e ameaças contra Rússia

Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) anunciaram um novo pacote de sanções contra a Rússia nesta terça-feira (29), acusando Moscou de apoiar as milícias no leste da Ucrânia e ameaçando atingir a economia russa. A declaração emitida pelo bloco europeu de 28 membros admite, ao contrário das retóricas recentes, que as “sanções mais abrangentes” afetarão as empresas estatais da Rússia e o comércio internacional com o país.

Piotr Poroshenko e Barack Obama

O novo pacote, afirma o texto emitido pelo bloco, vai “limitar o acesso aos mercados de capitais da UE para instituições financeiras estatais russas, impor um embargo ao comércio de armas, estabelecer uma proibição de exportações para bens de duplo uso de fim militar e obstaculizar o acesso russo a tecnologias sensíveis, particularmente no campo do setor petrolífero.”

As chamadas “sanções setoriais” impostas pelos europeus tornaram-se o passo mais sério contra a Rússia, de acordo com os próprios membros da UE. Os líderes do bloco têm aumentado a pressão contra o governo russo há vários meses ao estender a proibição de vistos e congelar os bens de vários indivíduos que a UE alega serem "responsáveis pela política russa" para a Ucrânia.

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Alguns membros estiveram relutantes diante da intenção de atingir setores inteiros da economia russa, entendendo que isso também poderia afetar a UE, já que a Rússia está entre os seus maiores parceiros comerciais.

Logo após o anúncio europeu, o presidente dos Estados Unidos Barack Obama disse, em declarações à imprensa, na Casa Branca, que o Departamento do Tesouro estava adicionando quatro nomes à lista de entidades afiliadas à Federação Russa alvos das sanções estadunidenses, inclusive o Banco de Moscou, o Banco Agrícola Russo e o Banco VTB OAO, assim como a Corporação Unida de Construção de Navios, estatal.

Obama afirmou que os EUA também deverão “bloquear exportações de bens específicos e tecnologias ao setor energético da Rússia” além de “expandir sanções para mais bancos” e “suspender créditos que impulsionem as exportações à Rússia,” explicando que suas ações “são coordenadas de perto com a Europa”.

Os EUA, assim como a UE, estão apoiando as forças fascistas que derrubaram o governo ucraniano em fevereiro e que lançou uma operação militar contra os civis do leste que se opuseram ao golpe de Estado. Enquanto isso, membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte, movimentaram tropas, frotas e equipamentos militares e estreitaram relações com vizinhos da Rússia.

A UE recentemente assinou acordos de associação com ao menos três países próximos à Rússia, inclusive a Ucrânia, medida que esteve na pauta de pretextos das manifestações contra o governo ucraniano no ano passado e que era defendida com violência pelos grupos de extrema-direita no país. Além disso, os EUA ofereceram assistência financeira milionária ao governo fascista que se instalou na Ucrânia, enquanto mantinham suas acusações contra a Rússia por “ingerência”.

Da Redação do Vermelho,
Com informações da Russia Today