Dilma diz que trabalho escravo é "chaga" que tem de ser exterminada

A presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, afirmou nesta quarta-feira (6) que buscará segurança jurídica para resolver conflitos relacionados à demarcação de terras indígenas e à regulamentação da Emenda à Constituição do Trabalho Escravo, que desapropria áreas e bens onde se verifique o regime análogo ao de escravidão.

Dilma fechou a sabatina na Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), com os três presidenciávei

Dilma fechou a sabatina na Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), com os três presidenciáveis mais bem colocados nas pesquisas, até o momento. Os conflitos entre indígenas e produtores rurais têm se intensificado nos últimos anos, resultando inclusive em mortes.

Segundo Dilma, a demarcação de terras indígenas é um dos principais desafios enfrentados pelo governo. Ela defendeu a revisão das normas administrativas para a demarcação e a instalação de mesas de diálogo com todas as partes envolvidas e lembrou que já deu esta determinação ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Para a presidenta, o trabalho escravo é uma “chaga a ser exterminada", e a regulamentação da emenda para definir o que é trabalho escravo tem de ser feita de forma “extremamente específica”, para não deixar lacunas. “Acredito que avanços nessa direção passam pelo aprimoramento da legislação no Congresso Nacional.”

Dilma citou a aprovação do novo Código Florestal como exemplo de legislação que trouxe segurança jurídica para o campo. "Temos feito esforço para delimitar o que é competência municipal, estadual e federal. A questão, por exemplo, de autorização para corte de vegetação, é típica e não pode ser vista como questão federal. Senão, nós vamos criar uma imensa burocracia."

Dilma enfatizou também a importância do crédito para a produção e dos investimentos em infraestrutura para escoar a produção agrícola, com ênfase na armazenagem da safra e construção de hidrovias. De acordo com a candidata, os investimentos vão priorizar os rios da Região Amazônica e envolverão recursos públicos e privados. Ela também citou investimentos na construção de ferrovias, para desafogar a malha das regiões Sul e Sudeste.

Com informações da Agência Brasil