Resgate das vítimas de terremoto na China enfrenta risco de epidemia

Os trabalhos de resgate estão sendo reforçados no distrito de Ludian, província de Yunnan, atingida por um terremoto de 6,5 graus na escala Ritcher, no domingo (3). O governo provincial disponibilizou um fundo de resgate de RMB 23 milhões (R$ 8,5 milhões) e o Departamento de Assuntos Civis enviou aos locais afetados milhares de equipamentos de assistência à população. As equipes de resgate contabilizam, até esta quinta-feira (7), ao menos 615 pessoas mortas.

China - Xinhua

Além das vítimas fatais, o terremoto afetou cerca de 1,1 milhão de habitantes locais e ainda há 114 pessoas desaparecidas. Até o momento, mais de 220 mil moradores já foram transferidos para lugares seguros.

No início da semana, pouco depois do sismo, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, inspecionou os danos causados pela calamidade na vila de Longtoushan, epicentro do terremoto. Li convocou uma reunião de trabalho para discutir os problemas do resgate e disse que as equipes devem ser reforçadas. Além disso, recebem assistência dos soldados para as zonas afetadas mais graves.

Leia também:

Equipes enfrentam desafios para resgatar vítimas de terremoto na China
China: Li Keqiang inspeciona zona afetada pelo terremoto
Terremoto na China deixa quase 400 pessoas mortas

O premiê também abordou o sistema de trabalho de transferência da população afetada para a sua proteção e tratamento, assim como de recuperação dos transportes para que os materiais de resgate cheguem às mãos da população, fortalecendo a profilaxia na zona afetada e procurando evitar efeitos epidêmicos após a calamidade natural.

Entretanto, ao ressaltar os obstáculos das equipes de resgate auxiliadas pelo Exército, principalmente devido aos deslizamentos de terra e às enchentes derivadas, funcionários da saúde advertiram sobre desafios para a prevenção epidêmica contra doenças infecciosas.

“Agrupamentos de pessoas em barracas e a diminuição da capacidade imunológica delas aumentam as chances de propagação da tuberculose em massa,” disse He Qinghua, subdiretor do departamento de controle de doenças, subordinado à Comissão Nacional da Saúde e do Planejamento Familiar do país, em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (7).

He também advertiu sobre a falta de água potável limpa, que pode aumentar a possibilidade de infecção de doenças intestinais. No entanto, com a experiência adquirida com os terremotos ocorridos no passado, ele disse estar confiante de que a transmissão de doenças será contida, com medidas de prevenção epidêmica já iniciadas.

Segundo os números da comissão, 2.993 pessoas feridas no terremoto receberam tratamento médico, enquanto 1.269 estão hospitalizadas. Os hospitais locais transferiram alguns sobreviventes gravemente feridos para a cidade de Yibin, na vizinha província de Sichuan, nesta quarta-feira (6). No momento, 1.668 profissionais de saúde militares e civis estão prestando ajuda no local para assistência médica e prevenção epidêmica.

Com informações da Rádio China Internacional,
Da Redação do Vermelho