Uruguai abre embaixada na Palestina e fortalece relações bilaterais

A decisão foi agradecida pelo chanceler palestino, Riad Malki, em uma carta a Almagro, na qual oferece todo seu apoio para viabilizar ao embaixador uruguaio seus trabalhos. Na carta, Malki também denunciou os ataques israelenses na Faixa de Gaza, que causaram mortes e deixaram inúmeros feridos.

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Malki reiterou também seu compromisso de trabalhar para fortalecer e desenvolver as relações bilaterais de amizade e cooperação entre os dois países. Ao mesmo tempo, Uruguai decidiu não chamar a Montevidéu o seu embaixador em Tel Aviv para continuar oferecendo proteção à numerosa comunidade uruguaia em Israel.

Ante às tensões surgidas entre Montevidéu e Tel Aviv, a raiz da violência em Gaza, Almagro afirmou na semana passada que chamar a consultas o embaixador seria "um dos últimos recursos diplomáticos que se encontram em consideração".

Além disso, depois de dois comunicados da chancelaria uruguaia repudiando os ataques à população civil, diplomatas israelenses questionaram, inclusive com insultos, a posição do governo uruguaio e do presidente José Mujica.

Nesse sentido, Almagro chamou a atenção do cônsul israelense Rum Gestenfeld, que tinha recusado o termo "genocídio", acrescentando que "os que o usam é totalmente por ignorância".

A nova embaixadora de Israel no Uruguai, Nina Ben-Ami, também disse que "não é o tipo de linguagem que esperava de um país amigo".

O chanceler Almagro afirmou que tinha transmitido a ambos funcionários israelenses o desconforto do governo uruguaio e lhes advertiu que não voltassem a repetir essa situação.

Fonte: Prensa Latina