Correa quer que Equador sedie diálogos entre ELN e governo colombiano
Se depender do presidente do Equador, Rafael Correa, os diálogos de paz entre o governo colombiano e o grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN) acontecerão em Quito. Em entrevista a um canal de televisão, o chefe de Estado equatoriano ofereceu o seu país como sede de eventuais negociações em prol do fim do conflito no país vizinho.
Publicado 11/08/2014 11:42

Na semana passada, durante sua visita a Bogotá para assistir à posse do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, reeleito para um segundo mandato (2012-2014), Correa confirmou que seu país tem sido palco de recentes aproximações entre ambas as partes.
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O governante do Equador reiterou seu compromisso com o processo de paz que decorre em Havana, Cuba, com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e respaldou o trabalho de Santos na busca de uma saída negociada ao conflito. “Santos é um homem em quem se pode confiar”, disse.
Aliança do Pacífico
Outros temas forma conversados durante a entrevista e, ao abordar o tema da Aliança do Pacífico, Correa assinalou que o Equador "não faz parte do grupo, porque se instaura dentro do neoliberalismo".
Bloqueio a Cuba
O mandatário equatoriano pronunciou-se contra o bloqueio a Cuba decretado pelos Estados Unidos há mais de meio século (cujos danos econômicos à ilha ascendem a mais de 1 bilhão de dólares).
Nesse sentido, disse ainda: "Não fui à Cúpula das Américas em 2012, em Cartagena das Índias, porque não permitiram a presença de Cuba e não irei à seguinte se Cuba não estiver".
Mídia
Correa abarcou a importância da televisão pública e a situação dos meios de comunicação no continente. "Na América Latina, os meios de comunicação estão concentrados em famílias da oligarquia e então, por que não se pergunta aos meios privados se há ou não independência?", questionou ele.
Integração
O presidente enfatizou também a importância da união nos países do Cone Sul e na América Latina à que qualificou de continente do futuro. "Sonho com uma América Latina unida, sublinhou, o problema é se o capital financeiro está acima do capital humano", afirmou.
Da redação do Portal Vermelho,
Com informações da Prensa Latina