Maduro diz que contrabando na fronteira da Colômbia é guerra econômica

Através de sua conta no Twitter, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que “o contrabando é um dos braços da guerra econômica contra o país”. Nesta segunda-feira (11), o governo venezuelano iniciou uma campanha contra esta prática na fronteira com a Colômbia, pois, toneladas de mercadorias produzidas no país – fortemente subsidiadas – são vendidas a preços muito mais altos na nação vizinha. 

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“Devemos seguir lutando para derrotá-lo (o contrabando) e ter uma economia sã”, escreveu Maduro. O governo venezuelano subsidia gasolina e muitos alimentos básicos, como leite, arroz e massas, que são vendidos a preços controlados. Autoridades dizem que até 40% dos produtos produzidos na Venezuela acabam no outro lado da fronteira.

A escassez de muitos alimentos básicos na área da fronteira oeste da Venezuela neste ano levou a protestos contra o governo de Maduro. Na ocasião, o presidente denunciou a guerra econômica e acusou a oposição de incentivar a especulação de preços.

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O contrabando na fronteira também é um problema para a Colômbia, que registra uma grande perda em impostos e queixas de concorrência desleal por parte de empresários locais.
“O contrabando é um vício que prejudica a vida econômica de nossos países e beneficia somente as máfias parasitas que saqueiam os povos”, afirmou Maduro no microblog.

No primeiro semestre de 2014 foram apreendidas na fronteira Colômbia-Venezuela 21 mil toneladas de alimentos e 40 milhões de litros de gasolina, segundo números oficiais divulgados pelo governo.

“Peço todo o apoio as nossas Forças Armadas Bolivarianas nas ações cívico-militares que implementaremos em todo o país”, exortou Maduro.

Maduro anunciou que a fronteira de 2.200km com a Colômbia será fechada das 22h às 5h no horário local. Veículos de carga, incluindo vans e caminhões, serão proíbidos de cruzar da Venezuela à Colômbia entre 18h e 5h. A medida foi acertada entre os dois países.

Théa Rodrigues, da redação do Portal Vermelho,
Com informações da Prensa Latina