Diversidade marca ato pró-Palestina em Campinas

Homens, mulheres e crianças; negros e não negros; brasileiros, palestinos, libaneses; ateus, muçulmanos, católicos e o povo do terreiro; todos se uniram no sábado (09/08) na jornada de mobilização pelo fim do genocídio na Palestina ocupada pelo estado de Israel.

gaza2 - Celso Menezes

Realizada defronte à Catedral Metropolitana de Campinas, a atividade foi convocada pelo Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino exatamente para unir de forma fraterna todas as pessoas e entidades interessadas em manifestar seu repúdio e ampliar a pressão internacional contra as ações de guerra de Israel, que contam com o apoio criminoso dos EUA.

Dando início ao ato político, Paulo Mariante, presidente do Conselho Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, afirma que não se pode comparar a resistência, mesmo que armada, do povo Palestino com os ataques de Israel. “Eles, os palestinos, têm o legítimo direito de se proteger, inclusive com base nos princípios enunciados na Declaração Universal dos Direitos Humanos”, afirmou Mariante. Ele considera urgente a necessidade de pôr fim nas agressões e propõe que o Brasil rompa relações com Israel.

A advogada Jamile Latif, da Federação das Entidades Palestinas no Brasil, lembra que os palestinos são o povo que historicamente habitou aquela região, sua terra natal. “A máquina de limpeza etnica foi ligada em 1948 e não parou mais”, enfatiza Jamile. Ela afirma que Israel realiza um bloqueio contra os palestinos, proibindo até a entrada de livros escolares. O médico Abdel Latif destaca que 82% dos mortos por Israel são civis, em sua maioria, crianças. “São refugiados que foram perseguidos e expulsos de suas casas em 1948. Eles não querem ser herois nem mártires, querem paz, liberdade e igualdade”, proclama Abdel.

Falando em nome do PCdoB/Campinas, Carlos Artioli reforçou a necessidade de resistir ao genocídio que está sendo praticado em Gaza. Para Carlinhos, “o Exército Sionista destroi e mata, mas cada criança palestina morta causa revolta também em nós brasileiros”. Casemiro Reis, presidente municipal do PT, enfatiza que são os EUA que financiam o massacre de Palestinos. Para ele, “a entrada desse país destestabilizou toda a geopolítica da região”.

Para finalizar o ato, a multidão saiu em caminhada pelas ruas do centro da cidade. Nesta segunda-feira (11/08) está marcada mais uma reunião, às 19h, no Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região (rua dr. Quirino, 560 – centro).

De Campinas, Agildo Nogueira Junior