“Dilma representa mais conquistas para o trabalhador” diz Wagner Gomes
Dando sequência à série “Eleições PCdoB 2014”, o Portal Vermelho entrevista o secretário geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) Wagner Gomes, que nestas eleições concorre a uma vaga como deputado estadual. O comunista faz um balanço da sua trajetória politica e aponta quais são os principais desafios a serem enfrentados nos próximos quatro anos.
Por Laís Gouveia, para a Rádio Vermelho
Publicado 12/08/2014 19:06 | Editado 13/12/2019 03:30
Wagner Gomes é paulista de Araçatuba, município localizado no interior do estado de São Paulo. Há 32 anos, iniciou sua militância no movimento sindical como metroviário e na mesma época se filiou ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Durante décadas, o dirigente lutou por conquistas e mais qualidade de vida para milhões de trabalhadores brasileiros, tendo sido conduzindo à presidência nacional CTB no ano de 2007.
Para Wagner, o grande desafio é dar continuidade ao projeto do campo progressista iniciado há 12 anos com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. “O governo Dilma deu sequência ao modelo de gestão que alavancou mudanças não só no país, mas em toda a conjuntura da América Latina, com sua politica de solidariedade aos povos irmãos. Os trabalhadores precisam de mais conquistas, A reeleição da presidenta é o caminho certo para que nossas reinvindicações serem atendidas”.
Ganhos trabalhistas
Para Wagner, a grande marca mais recente de conquista dos trabalhadores foi à mudança na política do salário mínimo. “Quando o Lula foi eleito, este salário equivalia a U$ 80,00 dólares. Através de negociações entre as centrais sindicais e o governo, o mínimo foi corrigido com a inflação e metade do PIB do ano interior. O resultado dessas medidas foi o aumento para U$ 370,00 dólares. Essa atitude impulsionou a economia, principalmente nos centros mais pobres do Brasil como o norte e o nordeste, foi uma grande vitória”.
Emprego é o oxigênio para o trabalhador
O comunista diz que outro ganho para a classe trabalhadora foi no sentido da maior oportunidade de empregos. “Nos tempos em que Fernando Henrique Cardoso (PSDB) era presidente do Brasil a taxa de desemprego era de 21%, hoje atinge uma marca histórica de apenas 6%”.
PSDB em São Paulo é sinônimo de esgotamento
Segundo Wagner, o modelo tucano de governar se baseia no Estado mínimo e em muita maquiagem para manipular uma gestão eficiente que não existe, “eles estão há quase 20 anos no poder e o povo paulista já está saturado do modelo neoliberal privatista imposto pelo PSDB. Estamos vivendo a maior crise de desabastecimento de água da história e a maior parcela da culpa está no completo sucateamento da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp)”.
O sindicalista aponta a questão da mobilidade urbana e moradia como grandes desafios a serem enfrentados. “O povo paulista vive uma completa tortura. Além de muitas vezes não possuir uma moradia digna ou pagar um aluguel que não pode. As pessoas sofrem com conduções precárias, demoram horas para se deslocar da periferia ao local de trabalho, com um transporte público sucateado, ineficiente, e são jogadas aos milhares nos vagões em situações claustrofóbicas. O porquê da não expansão devida das linhas do metrô precisa ser investigado com urgência na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional, pois há muito dinheiro público envolvido no escândalo do caso Alstom”, conclui.
Ouça a entrevista na íntegra na Rádio Vermelho: