Rússia não teme sanções, garante Medvedev

A Rússia parece não se preocupar com as tentativas de intimidação por parte de países ocidentais. “Nenhuma sanção contra a Rússia põe medo e as tentativas de pressão através da força sobre o país não passarão”, declarou o primeiro-ministro russo Dmitri Medvedev, durante o Fórum juvenil Mashuk 2014, em resposta às medidas que estão sendo adotadas por EUA e União Europeia.

Primeiro ministro da Rússia Dmitri Medvedev - AFP

“Nenhuma das sanções metem medo no nosso país. O nosso país é forte e, independentemente de quem irá exercer pressão sobre nós, iremos viver no nosso querido país, desenvolvê-lo, investir dinheiro, organizar o próprio Estado”, declarou.

A Rússia já acenou também com a possibilidade de intensificar medidas restritivas aos países ocidentais. A controvérsia ocorre desde que se instalou a atual crise na Ucrânia (que recebe apoio dos EUA e de europeus), com as forças ucranianas investindo militarmente contra a população do leste do país que não aceitou o golpe engendrado pelo atual governo de Kiev.

Quando foi questionado sobre os refugiados ucranianos, Medvedev disse que “se trata de pessoas que fugiram da guerra e que há dezenas de milhares no território da Rússia, entre elas há 17 mil crianças em idade pré-escolar”.

Além disso, entre os refugiados da Ucrânia existem “os que precisam estudar. São cerca de 3 mil candidatos ao ensino superior. Eles irão ingressar nas universidades russas através de um programa que visa facilitar este acesso. Não abandonaremos ninguém”, garantiu o primeiro-ministro.

Um comboio de caminhões transportando ajuda humanitária para habitantes do Sudeste ucraniano partiu nesta terça-feira (12) da região de Moscou, com o apoio do Comitê Internacional da Cruz Vermelha. A chegada de ajuda aos habitantes das regiões de Lugansk e Donetsk acontecerá depois de uma longa fase de conversas entre os governos de Moscou e Kiev. Entre os artigos de primeira necessidade que estão sendo enviados estão: medicamentos, água e alimentos.

Tayguara Ribeiro, da redação do Vermelho,
com informações da Voz da Rússia