Ucrânia impede a entrega de ajuda humanitária no leste do país

O governo ucraniano está impedindo que o comboio de 280 caminhões com cargas de ajuda humanitária cheguem até as localidades mais afetadas. Os veículos partiram da Rússia e a ajuda possui apoio da Cruz Vermelha. Isto ilustra claramente a tese de que está ocorrendo um genocídio por parte autoridades de Kiev contra o seu próprio povo, simplesmente porque no início deste ano, boa parcela das pessoas do leste do país não aceitou o golpe de Estado conduzido pelos atuais governantes.

“O caráter pacífico das cargas não embaraça Kiev que utiliza todos os pretextos possíveis e impossíveis para não deixar passar o comboio para as regiões onde as pessoas balançam entre a vida e a morte”, afirma o presidente do movimento de proteção dos direitos humanos Ucrânia Russófona, Vadim Kolesnichenko.

Com isso, diz ele, “podemos concluir que eles são capazes de fazer tudo para agradar seus chefes em Washington, para receber suas trinta moedas de prata pela exterminação da população, da ortodoxia, da história e de toda a Ucrânia, em geral. Europeus não querem conhecer nada sobre o massacre sangrento que está acontecendo, fechando os olhos e esperando que tudo isso acabe naturalmente, como uma gravidez que está no oitavo mês de gestação”.

Já o redator-chefe da revista Rossiya V Globalnoi Politike (Rússia na Política Global), Fiodor Lukianov, analisa que “O Ocidente justifica seu cinismo com suspeitas de que a ajuda humanitária à Ucrânia seja uma desculpa para uma operação militar da Rússia. Essas suspeitas cheiram a paranoia. Porque seria necessário organizar uma grandiosa representação pública com caminhões, se se planejasse transportar dissimuladamente armas ou começar uma guerra?

Massacre e catástrofe ecológica

Mas os problemas humanitários no leste da Ucrânia vão além dos ataques sistemáticos contra populares por parte do governo ou do bloqueio da ajuda humanitária. A situação pode piorar ainda mais no caso de uma catástrofe química na usina do Stirol, atingida regularmente por bombas e foguetes do exército ucraniano. Na empresa encontram-se enormes reservas de amoníaco e de outras substâncias perigosas. Peritos dizem que um possível desastre ecológico teria consequências incalculáveis, devendo afetar uma área no mínimo de 300 quilômetros.

“De acordo com o levantamento feito por alguns especialistas, na região de Donbass, existem mais de 3.800 empresas químicas que se forem atingidas poderão provocar sérias consequências ecológicas. Ao que tudo indica, as autoridades ucranianas estão dispostas, de fato, a sofrer grandes prejuízos, inclusive ecológicos, para esmagar os focos de resistência”, alerta o dirigente do Centro Analítico da Política Internacional do Instituto de Globalização e de Movimentos Sociais, Mikhail Neizhmakov.

Da redação do Vermelho,
com informações da Voz da Rússia