Foro de desenvolvimento do Tibete é concluído em Lhasa

Especialistas, políticos e jornalistas da China e do exterior concluíram nesta quarta-feira (13) o foro do Tibete na "cidade santa" de Lhasa, promovendo consensos sobre o desenvolvimento da região autônoma chinesa.

Foro de Desenvolvimento do Tibete

Cerca de 100 delegados de 33 países e regiões, incluindo a China, Reino Unido, Índia e Estados Unidos propuseram uma experiência coletiva para discutir as estratégias de desenvolvimento da região durante os dois dias de foro.

O foro, a primeira conferência internacional enfocada no desenvolvimento do Tibete, procura sugestões sobre o desenvolvimento futuro da região.

A proteção da cultura e do meio ambiente da região também foi um tema em destaque no foro.

Depois da cerimônia de encerramento, será divulgado um "Consenso de Lhasa", enfatizando os pontos de discussão cruciais para uma série de assuntos incluindo a liberdade religiosa, desenvolvimento sustentável e proteção ambiental da região.

O foro contribui para impulsionar o entendimento e a amizade, promover consenso e eliminar os pontos cegos, disse Cui Yuying, vice-chefe do Departamento de Comunicação do Conselho de Estado da China, durante a cerimônia de encerramento.

"O evento levou o entendimento dos representantes sobre o Tibete para um novo patamar", disse.

Otto Kolbl, pesquisador na Universidade de Lausanne da Suíça, disse após as discussões em seu painel, que os representantes em seu grupo concordaram que as pessoas locais devem ser colocadas no centro do desenvolvimento econômico e ecológico no Tibete.

Zhang Yun, diretor e pesquisador do Instituto da História do Centro de Pesquisa da Tibeteologia da China disse durante a cerimônia de encerramento que seu grupo discutiu sobre como o Tibete pode desenvolver mais seu turismo e como proteger a cultura tradicional, enquanto continua a desenvolver sua economia.

O foro foi patrocinado pelo Departamento de Comunicação do Conselho de Estado da China e pelo governo regional do Tibete.

Depois do foro, representantes farão excursão de campo em Lhasa e subregião de Nyingchi.

Opinião de especialistas estrangeiros

Durante o foro, o Yuying apresentou a situação do Tibete partindo de quatro ângulos para contextualizar: história, país, povo e mundo.

O ministro do Comércio do gabinete de oposição do Reino Unido, Neil Forbes Davidson, elogiou o discurso. Ele avaliou que a explicação do funcionário chinês foi uma boa maneira de analisar a questão do Tibete. Davidson destacou que o desenvolvimento do Tibete atrai turistas de todo mundo.

Para ele, "quando as pessoas chegam ao Tibete bem informadas sobre o contexto histórico, vão descobrir que os habitantes locais são simpáticos e levam uma vida satisfatória."

O presidente do grupo de imprensa da Índia Kasturi&Sons, Narasimhan Ram, disse que só pode ter direito à palavra quem conhece a realidade. Com a pesquisa de inúmeros acervos históricos e várias experiências próprias no Tibete, o indiano concluiu que "a soberania da China sobre a região tibetana é indiscutível e que esta é parte indispensável do território chinês."

Com informações da Agência Xinhua e Rádio Internacional da China