Parlamentares suspendem atividades e lamentam morte de Campos 

No Senado, a notícia gerou manifestações de pesar dos parlamentares. O senador Paulo Paim (PT-RS) escreveu no Twitter: "Profundamente triste e chocado com a morte do grande líder e candidato a presidente da República pelo PSB Eduardo Campos."

Outra que lamentou a morte do ex-governador pernambucano no Twitter foi a senadora Ana Rita (PT-ES): "Triste com a morte do presidenciável Eduardo Campos e assessores. Minha solidariedade aos familiares, amigos e integrantes do PSB/Rede".

O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), pelo Twitter, lamentou: "Em estado de choque com o falecimento de Eduardo Campos. É uma tragédia que deixa o Brasil todo triste com a perda de um grande homem público.”

A reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara foi encerrada logo após a confirmação da notícia. O conselho estava ouvindo a ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Bonfim da Silva Poza, quando notícias sobre o acidente chegaram aos deputados.

O deputado Izalci (PSDB-DF), que presidia a reunião do Conselho, afirmou que a morte de Campos é "muito ruim para o Brasil". "Suspendemos imediatamente a reunião. É uma notícia triste a todos os brasileiros", afirmou. "Isso é irrelevante em função da vida das pessoas, mas de fato modifica muito a questão eleitoral. Ele já estava nos debates e tinha muitas propostas."

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras também cancelou a reunião que faria nesta tarde para ouvir o ex-diretor da área internacional da estatal Nestor Cerveró, autor do documento que serviu de base para que o conselho administrativo da empresa aprovasse a compra da refinaria de Pasadena (EUA).

O cancelamento deve-se à morte do candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, nesta manhã em um acidente aéreo em Santos, no litoral sul de São Paulo.

Carreira política

Aos 29 anos, Eduardo Campos foi eleito para a Câmara dos Deputados com 133 mil votos. Licenciou-se para integrar o governo do avô Miguel Arraes como secretário de Governo e, depois, como secretário da Fazenda, entre 1995 e 1998.

Em 1998, foi eleito pela segunda vez deputado federal, com 173.657 votos, a maior votação de Pernambuco. Em 2003 assumiu pela terceira vez uma vaga na Câmara dos Deputados. Foi ministro da Ciência e Tecnologia no Governo Lula, em 2004 e, no ano seguinte, assumiu a presidência nacional do PSB.

Eduardo Campos foi eleito governador de Pernambuco em 2005 e reeleito em 2010 com mais de 60% dos votos válidos. Em abril deste ano, renunciou ao governo de Pernambuco para se dedicar à campanha presidencial pela Coligação Unidos pelo Brasil (PSB-REDE-PPS-PPL-PRP-PHS-PSL) , que tem Marina Silva como candidata à vice-presidência.

Da Redação em Brasília
Com agências