Polícia transforma pequena cidade dos EUA em praça de guerra

O uso de aparatos e armas pela polícia de Ferguson, no estado americano do Missouri, contra manifestantes que protestavam contra o assassinato de um jovem negro, fez com que essa localidade parecesse uma zona de guerra, segundo declarou nesta quinta-feira (14) o congressista Justin Amash.

Assassinato de Michael Brown deflagrou onda de protestos

Nos últimos dias, houve uma onda de revoltas que foram repetidas na quarta (13) à noite, pela quarta vez, após a morte no último sábado (9) de Michael Brown, de 18 anos, baleado várias vezes depois de uma luta com um policial, mas testemunhas dizem que a vítima estava desarmada.

"As imagens e reportagens sobre os protestos em Ferguson se tornaram aterrorizante na medida que a situação fica ainda pior", disse o republicano Amash em uma mensagem em sua conta no Twitter.

Enquanto isso, o senador Claire McCaskill pediu um fim à situação "tensa e inaceitável" em Ferguson, acrescentando que dezenas de chamadas foram feitas para a Divisão de Direitos Humanos do Departamento de Justiça para agilizar a investigação sobre o assassinato de Brown.

A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo e fumaça para reprimir os manifestantes, dezenas deles estão presos na cidade, localizada nos arredores de Saint Louis.

Foi revelado nesta quinta que as forças de repressão locais atacaram os manifestantes com armas fornecidas pelo Pentágono, incluindo rifles de assalto, de grosso calibre, uniformes camuflados, armas, armaduras e outros meios militares.

Autoridades prenderam na quarta o repórter do The Huffington Post, Ryan J. Reilly e seu colega Wesley Lowery do Washington Post, enquanto policiais obrigavam o repórter-cinematográfico a retirar-se do local onde os protestos são realizados.

O presidente Barack Obama recebeu na noite de quarta um relatório detalhado sobre a situação em Ferguson, enviado pelo procurador-geral Eric Holder e vários conselheiros para o gabinete provisório da a Casa Branca em Martha's Vineyard, no estado de Massachusetts, onde Obama passa suas férias de verão.

Fonte: Prensa Latina