Hamas acusa Netanyahu de travar negociações de paz 

Nesta segunda-feira (18), encerra-se a trégua entre palestinos e israelenses. As negociações seguem no Egito para a prorrogação do fim das hostilidades. O diálogo tenta conciliar um cessar-fogo permanente para acabar com a atual crise na Faixa de Gaza após os ataques iniciados por Israel em 8 de julho.

Benjamin Netanyahu primeiro ministro israel - EFE

A delegação israelense entregou aos mediadores um documento com considerações e depois foi a Tel Aviv para consultar o governo local. O lado palestino, com todos os seus membros, fez uma análise conjunta sobre o caso com a equipe de mediação e recebeu documentação sobre o desenvolvimento do processo de negociação.

No entanto, o Movimento Palestino de Resistência Islâmica (Hamas), acusa o primeiro-ministro do regime israelense, Benyamin Netanyahu, de obstruir as negociações para uma trégua permanente na Faixa de Gaza.

De acordo com o membro da liderança política do Hamas, Musa Abu Marzuq, algumas ações e posturas de Netanyahu mostram que existe uma intenção de dificultar as negociações.

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“A delegação negociadora israelense no Egito rejeitou uma proposta de trégua e tem feito muitas alterações no que já havia sido acordado em reuniões anteriores. Netanyahu é um prisioneiro das contradições internas de seu regime. Netanyahu perdeu a agressão contra Gaza e não pode alcançar alguns de seus objetivos declarados", explicou.

O Hamas não descarta a possibilidade de que os cinco dias de trégua na região que expiram nesta segunda-feira não sejam renovados.

Nos últimos 42 dias, os ataques do regime de Tel Aviv por terra, mar e pelo ar em Gaza já provocaram a morte de mais de dois mil palestinos, incluindo muitas crianças. Mais de dez mil pessoas ficaram feridas.

As negociações para o fim das hostilidades entre Israel e Palestina começaram em julho e já resultaram em duas tréguas, uma de três e outra de cinco dias.

Entre os principais pontos para que ocorra um acordo, os palestinos exigem a suspensão do bloqueio que Israel impõe na Faixa de Gaza e já dura oito anos, o qual impede o desenvolvimento normal da região, por outro lado, os israelenses deixaram claro que qualquer negociação só ocorrerá a partir do desarmamento do Hamas.

Tayguara Ribeiro, da redação do Vermelho,
com informações da Hispan TV e da Prensa Latina