Presidente do FED comenta dificuldades do mercado de trabalho nos EUA

O mercado de trabalho dos Estados Unidos continua prejudicado pelos efeitos da maior crise do capitalismo, e o Banco Central do país, o Federal Reserve, procura saídas para a economia e para aumentar a taxa de juros, segundo afirmou nesta sexta-feira (22) a presidenta do FED, Janet Yellen.

Janet Yellen, do FED dos EUA

Em discurso em uma conferência na cidade de Jackson Hole, Yellen apresentou sua opinião de que a atual taxa de desemprego "não é suficiente" para avaliar a força do mercado de trabalho dos EUA.

A taxa de desemprego tem caído mais rapidamente do que o esperado, mas Yellen afirmou que a crise da economia afastou milhões de trabalhadores, além de desencorajar outros e terceirizar aqueles que hoje têm empregos de meio período – fatos que não são capturados pela taxa de desemprego.

"Avaliações do grau de ociosidade remanescente no mercado de trabalho precisam se tornar mais diversificadas devido à incerteza considerável sobre o nível de emprego consistente com o duplo mandato do Federal Reserve" de preços estáveis e pleno emprego, completou ela.

Uma das funções do Banco Central dos Estados Unidos é a de elevar a taxa de emprego no país, algo estampado até na entrada do edifício sede, em uma placa de pedra.

No geral as declarações da presidenta da instituição marcaram uma defesa de sua premissa básica de que a maior crise do capitalismo iniciada em 2007 afetou a economia e a força de trabalho de maneiras que não foram totalmente compreendidas.

O Fed tem mantido as taxas referenciais perto de zero desde dezembro de 2008 e afirmado que vai esperar "um tempo considerável", após encerrar seu programa de compra de títulos em outubro antes de elevá-las.

Com informações da Voz da Rússia