Câmara dos Deputados homenageia Ariano Suassuna

 Esta semana outra personalidade que construiu sua trajetória de vida no estado de Pernambuco vai ser homenageada pela Câmara dos Deputados, o escritor Ariano Suassuna. A sessão solene acontece nesta quinta-feira (04), às 10h, no Auditório Nereu Ramos.

A deputada Luciana Santos lembra o artista como uma figura multifacética, com habilidades no mundo das artes como escritor, dramaturgo, artista plástico. Contudo, para a parlamentar uma das marcas mais destacadas de Suassuna era a sua firmeza de opiniões. “Ele era um nacionalista convicto que defendeu o Brasil. Por isso toda a nossa admiração e todo nosso respeito pelo Ariano Suassuna e sua memória”.

Ariano Suassuna morreu no dia 23 de julho, na cidade de Recife, aos 87 anos. O artista teve uma parada cardíaca provocada pela hipertensão intracraniana. Ele estava internado em coma, respirando com ajuda de aparelhos após sofrer um Acidente Vascular Cerebral – AVC.

Nascido em João Pessoa, quando a capital paraibana ainda se chamava Nossa Senhora das Neves, em 1927, ainda adolescente, Ariano Vilar Suassuna foi morar no Recife, onde terminou os estudos secundários e deixou seu nome marcado na cultura brasileira, especialmente no teatro e na literatura.

Em 1946, na capital pernambucana, fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco, junto com o amigo Hermilo Borba Filho. No ano seguinte, escreveu sua primeira peça teatral, Uma Mulher Vestida de Sol, seguida de Cantam as Harpas de Sião e Os Homens de Barro. Em 1955, escreveu sua obra mais popular, Auto da Compadecida, que conta as aventuras de dois amigos, Chicó e João Grilo, no Nordeste brasileiro. A peça foi adaptada duas vezes para o cinema, em 1969 e 2000.

Suassuna continuou escrevendo peças de teatro, romances e poesias. O Santo e a Porca, Farsa da Boa Preguiça e Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta são algumas das dezenas de obras dele. A maioria delas foi traduzida para outros idiomas, como francês, alemão, espanhol, inglês e holandês. Em 1989, passou a ocupar a Cadeira nº 32 da Academia Brasileira de Letras.

Fabiane Guimarães, com informações do Portal Vermelho