Por direitos, Grito dos Excluídos mobiliza milhares em todo o Brasil
Com o tema “Ocupar ruas e praças por liberdade de direitos”, o Grito dos Excluídos reuniu milhares de pessoas em manifestações por todo o país. Esta foi a 20ª edição da macha convocado por diversas organizações sociais e sindicais.
Publicado 07/09/2014 16:32
Na capital paulista os manifestantes saíram da Praça da Sé, região central da cidade, e marcharam até o Largo do Café, onde devem encerrar o ato.
De acordo com Paulo César Pedrini, coordenador da Pastoral Operária Metropolitana de São Paulo e integrante da organização, o objetivo é ocupar ruas e praças na luta por direitos. “Em São Paulo, a gente resolveu priorizar três eixos: a criminalização do movimento sindical e social, o direito de greve e também a questão da água, que há muito tempo não se investe seriamente”, enfatizou.
O ato tem participação das pastorais sociais da Arquidiocese de São Paulo, das centrais sindicais, entre outros movimentos sociais. “O significado aqui é denunciar a exclusão social presente no nosso país. A falta de saúde, de educação, de moradia”, disse Pedrini.
Representantes de comunidades indígenas paulistanas também integraram a passeata. Segundo o índio Salvador, da etnia Kaimbê, que tem 1,2 mil integrantes vivendo em uma aldeia da região de Heliópolis, zona sul, os povos indígenas buscam defender seus direitos.
“Nós viemos aqui para representar a nossa aldeia, mas as outras etnias também. Estamos reivindicando melhorias para nós. Reivindicamos saúde, transporte, escola para os nossos filhos. Somos muito discriminados. Reivindicamos também a demarcação das nossas terras”, declarou.
No Rio de Janeiro, o protesto saiu da rua Uruguaiana e seguiu pela avenida Presidente Vargas, no centro da cidade, logo depois do término da parada militar de 7 de Setembro.
Em Aracaju, capital de Sergipe, a mobilização percorreu as principais ruas do centro. “O homem precisa de salvação divina, mas também precisa de condições para se viver de forma digna. E é isso que o grito representa”, disse Dom José Palmeira Lessa, arcebispo de Aracaju.
Com informações de agências