Chile abalado depois de atentado no Metrô

Normalmente calma, a capital do Chile, Santiago, deu uma guinada de 180 graus com um ataque terrorista.

Atentado no Metrô do Chile - Prensa Latina

A detonação do artefato explosivo no Metrô da cidade deixou ao menos 14 pessoas feridas. A presidenta do país, Michelle Bachelet, classificou o ato de abominável.

"O que aconteceu foi horrível. O Chile é um país seguro e esperamos aprovar uma nova lei antiterrorismo para aumentar o rigor contra atentados como este. O governo tomará todas as medidas para punir os responsáveis pelo ato terrorista”, disse a líder chilena. “Isto é horrível, muito grave, mas queremos pedir calma para a população, vamos adotar todas as medidas necessárias e aplicar o duro peso da lei”.

Ainda não existe maiores informações sobre quem praticou o ato e tampouco sobre as motivações. Entre as mil hipóteses que estão sendo ventiladas entre a mídia local e internacional, a população e especialistas, asmais recorrentes são que o ataque tenha partido de grupos anarquistas ou de grupos simpatizantes da ditadura de Augusto Pinochet, que comandou o país depois do golpe da extrema direita, em 1973.

Precisamente nesta quinta-feira (11), completa-se o 41 º aniversário do golpe liderado por Pinochet, que matou mais de três mil chilenos e deixou um rastro de mais de mil desaparecidos.

Durante uma marcha pacífica no domingo (7), organizada pelas famílias das vítimas da ditadura, encapuzados atiraram coquetéis molotov contra os manifestantes e criaram grandes distúrbios.

Isabel Allende, presidente do Senado e filha do falecido presidente Salvador Allende, disse que este é um evento que chocou todo o país "e nos obriga a ser mais unidos do que nunca”.

“Devemos trabalhar juntos, com um olhar de estado capaz de entregar a paz e a estabilidade para os nossos cidadãos”, disse Allende.

O artefato explosivo foi detonado na capital em uma lata de lixo perto da estação de Metrô Ecole Militaire. Segundo as informações preliminares das autoridades que investigam o caso, o artefato utilizado foi um extintor cheio de pólvora, um pouco mais de um quilo, com um relógio analógico sincronizado nele. A explosão provavelmente foi acionada por um telefone celular.

Da redação do Vermelho
com informações da Prensa Latina