Bloqueio dos Estados Unidos: uma guerra financeira contra Cuba

O vice-chanceler cubano, Abelardo Moreno, denunciou que o bloqueio econômico imposto a Cuba pelos Estados unidos constitui uma verdadeira guerra financeira e coloca obstáculos brutais ao desenvolvimento socioeconômico da ilha.

Vice-chanceler cubano Abelardo Moreno - Prensa Latina

Ao apresentar, nesta terça-feira (9), um informe sobre o tema, o vice-chanceler informou que os prejuízos econômicos dessa política estadunidense até março de 2014 cresceram, em moeda corrente, cerca de US$ 116,8 bilhões.

“Isto supõe um montante de aproximadamente US$1,1 trilhão de dólares, se calculado em função dos preços do ouro”, afirmou o funcionário ao apresentar uma prévia do informe que será submetido, em outubro, a aprovação da Assembleia Geral da ONU.

“Não existe um envolvimento mais aterrador e vil, pois não escapa um só âmbito da vida social”, disse Moreno durante apresentação na Escola Especial de Solidariedade com o Panamá, responsável por acolher crianças portadoras de necessidades especiais.

“Apesar do crescente rechaço mundial, o bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba afeta especialmente aos setores de maior impacto social, como é o caso da Saúde, Educação, Alimentação, Esporte e Cultura”, esclareceu.

Moreno ainda explicou que as dificuldades para o acesso a matérias primas, insumos e tecnologias são um obstáculo ao desenvolvimento de 22.872 crianças com necessidades educativas especiais.

Destacou que o setor do Turismo teve perdas equivalentes a US$ 3 milhões e que a perseguição a empresas e entidades financeiras de outros países que negociam com Cuba é cada vez mais crescente e intensa.

De acordo com Moreno, de 130 casos de acusação de caráter extraterritorial registrados nos últimos quatro anos, 81 aconteceram no âmbito das finanças. Ele qualificou este assédio como uma “verdadeira guerra financeira contra Cuba”.

Disse ainda que durante a administração de Barack Obama, as multas impostas a estas entidades aumentaram cerca de US$12 bilhões.

O informe oficial da ilha, que tem por objetivo principal colocar fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra Cuba, será apresentado para aprovação durante a 68ª sessão da Assembleia Geral da ONU.

Em 22 ocasiões este organismo internacional se pronunciou, com imensa maioria, a favor do respeito do Direito Internacional, do cumprimento dos Princípios e Propósitos da Carta das Nações Unidas e do direito do povo cubano a escolher seu destino.

Fonte: Prensa Latina