Dilma: “Meu compromisso écom a inclusão, emprego e desenvolvimento”

A declaração foi durante sabatina da Campanha Banda Larga um Direito Seu!, realizada nesta terça-feira (9), no Sindicato dos Engenheiros, em São Paulo. Ela destacou a importância da universalização da banda larga no Brasil ressaltando que a "infraestrutura é essencial para o Brasil crescer“.

Por Dayane Santos

Dilma palácio da Alvorada

“Temos que fazer um grande esforço que vai contar com a participação do setor privado, mas acredito que não pode ser feito, senão for principalmente com dinheiro público", afirmou Dilma, frisando que, assim como o programa Luz Para Todos, o seu plano de governo tem como meta fundamental a universalização. “É obrigação fazer e ponto. Com definição de metas claras, velocidade e capacidade e de como será feita a conexão”, declarou Dilma.

Compromisso de governo

Questionada sobre qual seria o perfil de seu ministro da Fazenda, num eventual segundo mandato, Dilma afirmou que num governo novo “terá um perfil novo“, mas o que não muda é o compromisso do governo. “A visão do meu governo não muda. Nos temos o compromisso de garantir que o Brasil tenha inclusão social, redução da desigualdade, mais empregos com desenvolvimento, ao mesmo tempo que seja moderno, produtivo, competitivo, mas inclusivo“, afirmou a presidenta.

Dilma reforçou que essa posição é diametralmente oposta a proposta dos dois candidatos da oposição. “Eles consideram que é um objetivo imediato pagar a dívida pública. Nos somos um dos poucos países do G20 que tem a menor dívida pública. E, em termos de superávit primário, de todos os países do G20, somos o segundo com maior superávit, ficando atrás apenas da Arábia Saudita“, afirma Dilma.

Macroeconomia

A candidata ressaltou que o seu governo tomou todas as medidas para dar condições de desenvolvimento macroeconômico. Segundo ela, 11% da nossa dívida externa é com credores externos e rebateu os adversários: “Temos 378 bilhões de dólares em reservas. É muito mais fácil dizer que vai reduzir as reservas. E a cada crise internacional nos vamos quebrar e ir para o Fundo Monetário Internacional para que eles definam como vai ser a nossa política? Para não deixar investir em saneamento?", indagou a presidenta.

Dilma recordou que, diferente dos governos tucanos, o Brasil não aparece para o FMI como devedor, mas somente como credor há 12 anos. “Criamos as condições para a retomada do crescimento econômico. E vai dar frutos. Não se forma 8 milhões de técnicos [por meio do Pronatec] sem que isso represente um significativo aumento de produtividade industrial. Em plena crise ampliamos os investimentos em ferrovia, portos e rodovias", enfatizou.

A candidata è reeleição destacou que, antes, o Brasil comemorava conseguir R$ 500 milhões do FMI para investir em saneamento em todo o Brasil. “Hoje, nós investimos R$ 500 milhões em saneamento de uma única cidade“, declarou ela, citando Porto Velho, capital de Rondônia.

Crise internacional

Dilma destacou também a redução das desigualdades com a melhoria da renda e comentou o informe do Banco Mundial, que afirmou que o Brasil foi um dos únicos países do G20 a reverte a crise global de desemprego. "Todas as classes aumentaram. Mas de todos a que mais cresceu foi a chamada classe C. Não há internacionalmente ninguém que duvide do que nos fizemos", disse ela, citando dados do IBGE que mostram a ascensão de 66 para 122 milhões de brasileiros para a Classe C.

Dilma voltou a rebater o programa de governo de Marina, e destacou que a proposta de autonomia do Banco Central é um retrocesso. "Não adianta dizer que eu fiz bolsa banqueiro. Eu não tenho banqueiro me apoiando, me sustentando. A autonomia do BC representa que a taxa de juros, o câmbio e o crédito serão definidos autonomamente pelo BC, sem prestar contas ao Congresso Nacional", finalizou.