UBM se destaca em ato Mulheres com Dilma em SP

Com intensa mobilização e destacado visual, a UBM participou, no último sábado (6), do grande Ato Nacional Mulheres com Dilma. O evento reuniu mais de quatro mil pessoas — em sua grande maioria mulheres —, que lotaram a Quadra dos Bancários e o lado de fora, em São Paulo. O ato radicalizou a polarização programática entre Dilma e sua principal oponente, a neoliberal Marina Silva.

O ato foi um grande encontro de mulheres intelectuais, sindicalistas, artistas, lideranças estudantis, populares e do movimento feminista, parlamentares e ministras em defesa da reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Compondo o ato também estava o prefeito paulistano, Fernando Haddad, e o candidato ao governo paulista, Alexandre Padilha.

Em nome do movimento feminista brasileiro, fizeram uso da fala a Marcha Mundial das Mulheres e a União Brasileira de Mulheres. Em seu discurso, a coordenadora nacional da UBM, Lúcia Rincón, afirmou a disposição das mulheres brasileiras “pra derrotar quem é contra o Pré sal, pra derrotar a proposta de dar autonomia do Banco Central, pra derrotar o fundamentalismo e continuar garantindo o acesso das mulheres à pílula do dia seguinte nos postos de saúde”. Leia a íntegra do discurso ao final da matéria.

Outra ubemista também fez combativo discurso durante o ato, a Secretária da Mulher Trabalhadora da Central de Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil (CTB) e coordenadora de Relações de Trabalho e Sindicalismo da Executiva Nacional da UBM, Ivânia Pereira, abordou a necessidade de avançar na igualdade no mundo do trabalho e a importância da aprovação da PEC do Trabalho do Doméstico e do PL da Igualdade. Em nome das jovens mulheres brasileiras, a presidenta da União Nacional dos Estudantes, Virgínia Barros, abordou as transformações pelas quais o Brasil vem passando nos últimos doze anos.

Dilma homenageia companheiras de cela

Visivelmente emocionada, Dilma Rousseff prestou homenagem às mulheres com dividiu a cela quando esteve presa na década de 1970, e São Paulo, presentes ao ato. "Nós, mulheres, fomos para a prisão, inclusive eu. Porque lutar pelo direito do povo, naquela época, dava cadeia", declarou.

Políticas para mulheres

Em sua fala, Dilma também ressaltou a autonomia das mulheres, especialmente as mais pobres, sendo esta uma preocupação central das políticas sociais de seu governo. "A mulher é a titular do cartão de 93% das famílias que recebem o Bolsa Família. Porque é importante dar força para as mulheres mais pobres, autonomia para que decidam onde, quando e como gastar. Uma outra verdade que temos que colocar na rua é que o Minha Casa Minha Vida tem 83% mulheres titulares na primeira faixa, pelo mesmo motivo. É feito para a família, para a criança, para cuidar dos filhos, para o idoso ter onde viver".

Íntegra do discurso da presidenta da UBM, Lúcia Rincón

"Boa tarde companheiras e querida presidenta.

A União Brasileira de Mulheres sente-se honrada ao falar em nome de muitas mulheres, de várias partes do nosso imenso Brasil. Mulheres que estão decididas a garantir a continuidade de um projeto de país, que começou a ser construído com a grande virada que demos em nossa história ao eleger Lula presidente do Brasil e o povo brasileiro passou a dar o rumo de nossa política e das ações do governo brasileiro, aprofundando a democracia, que é o espaço onde garantimos os avanços para as mulheres. Porque as mulheres brasileiras estamos a postos, querida presidenta, para garantir sua reeleição, e um novo ciclo de mais desenvolvimento para nosso povo!

Para isto, nós mulheres aqui, hoje, renovamos nosso compromisso de união e disposição de percorrer cada bairro, cada cidade:

– Pra derrotar quem é contra o Pré-sal;

– Pra derrotar a proposta de dar autonomia do Banco Central;

– Pra derrotar o fundamentalismo e continuar garantindo o acesso das mulheres à pílula do dia seguinte nos postos de saúde; garantindo a vacina do HPV para nossas meninas; o direito de atendimento e denúncia nos casos de estupro e de aborto; jogar na lata do lixo a proposta de bolsa estupro que é uma agressão aos direitos humanos das mulheres;

Nós mulheres, querida presidenta, vamos unir forças, sensibilizar homens e mulheres para garantir sua reeleição e de todas as mulheres de luta que disputam hoje postos de poder, defendendo maiores avanços e a emancipação para as mulheres e para nossa sociedade. Mulheres que, ao seu lado, usarão seu poder para garantir, cara ministra Eleonora:

-Mais políticas públicas para mulheres;

-Mais Creches, Casas Abrigo, Delegacias, escolas de tempo integral;

-Mulheres que defenderão o programa Mais Médicos e Especialistas;

-Por mais escolas técnicas, com professoras e professores valorizados pelo salário e quadros de carreira;

Conte conosco, querida presidenta, porque: no meu país, eu boto fé, porque ele é governado por mulher!”

Fonte: UBM