Argentina negocia compra de energia elétrica com a Bolívia

Uma comissão argentina chega nesta segunda-feira (15) na Bolívia para negociar a compra de até 200 megawatts de energia elétrica por dia como parte do Acordo de Integração Energética firmado em 2007 entre os dois países.

Juan José Sosa e Julio de Vido - Jimena Paredes | La Razón

A delegação argentina vai analisar as condições necessárias para a compra de eletricidade, entre elas as inversões para a linha de transmissão, o preço preferencial por quilowatt, o auge da demanda boliviana e a capacidade de oferta.

Os acordos entre os dois países serão ratificados na quinta-feira (18), dia que o ministro argentino de Planificação Federal, Julio de Vido, deve chegar à Bolívia. Ele foi o responsável pela negociação para o intercâmbio de eletricidade com o ministro boliviano de Hidrocarbonetos e Energia, Juan José Sosa.

O documento firmado pelos ministros determina a formação de uma comissão técnica binacional para impulsionar o desenvolvimento dos estudos e ações que permitam estabelecer as alternativas para o intercâmbio.

A demanda atual de eletricidade na Bolívia é de 1.200 megawatts por dia, uma cifra que chegará, em cinco anos, a 2 mil, no entanto o país estará em condições de produzir mil a mais do que produz atualmente, estes serão destinados à exportação às nações vizinhas.

A Argentina, por sua vez, tem uma demanda de 26 mil megawatts, uma quantidade que aumenta dois mil por ano. De acordo com o ministro de Hidrocarbonetos e Energia da Bolívia, o país poderia vender até 100 megawatts por dia, uma capacidade que vai aumentar na medida em que entrem em operação outros projetos de geração de energia.

Há uma semana o presidente Evo Morales inaugurou a ampliação de uma termoelétrica no departamento de Cochabamba, e em quinze dias outras duas entrarão em operação nas proximidades de Yacuiba e Tarija, e terão capacidade de gerar até 400 megawatts na primeira etapa de operação.

Fonte: Prensa Latina