Síria adverte sobre as consequências pela violação de sua soberania

O vice-chanceler da Síria, Faisal Mekdad, reiterou, nesta terça-feira (16), que qualquer ataque em território sírio, sob o pretexto de combater o terrorismo, sem a aprovação do governo, será considerado uma agressão.

Vice-chanceler da Síria - Naharnet

“Qualquer coalizão que pense em combater o terrorismo deve respeitar a soberania dos Estados e do direito internacional”, disse.

Neste sentido, ele criticou a ausência da Síria na aliança liderada pelos EUA para enfrentar a organização extremista Estado Islâmico (EI). Acusado de vários crimes contra a população civil, o EI controla grandes partes da Síria e do Iraque.

Al Mekdad informou que os mesmos países que agora participam da aliança criada contra o EI (Estados Unidos, seus aliados ocidentais e os países da região, como a Turquia, a Arábia Saudita e o Qatar), em várias ocasiões, são suspeitos de financiar grupos armados que atuam na Síria.

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Na terça-feira, o ministro da Informação, Omran al Zoabi, também criticou vários Estados que apoiam os grupos armados na Síria e ao mesmo tempo participam de ações lideradas pelos Estados Unidos, com o objetivo de combater o terrorismo.

Ele também condenou a decisão das potências ocidentais de classificar as organizações terroristas na Síria como "oposição moderada" e questionou a exclusão de China, Rússia e Irã da campanha de combate ao Estado Islâmico.

As autoridades sírias e os meios de comunicação, na semana passada, criticaram a ameaça do presidente norte-americano, Barack Obama, de ataques aéreos unilaterais em território sírio.

Fonte: Prensa Latina