Comunistas condenam qualquer intervenção árabe na Síria e no Iraque

Os partidos comunistas árabes condenaram, nesta quinta-feira (18), uma possível intervenção militar na Síria e no Iraque, sob o pretexto de combater o terrorismo. Eles também repudiaram os massacres cometidos por grupos extremistas, em particular o Estado Islâmico (EI).

Bandeira do Estado Islâmico do Iraque e do Levante

Em um comunicado conjunto, as formações comunistas na Jordânia, Líbano, Iraque, Palestina e Síria denunciaram a dupla moral de vários países que pretendem combater este flagelo.

"Em vez de punir Israel por seus crimes contra o povo palestino, o último dos quais foi o ataque à Faixa de Gaza, Israel é considerado parte da coligação internacional contra o terrorismo", questiona o texto.

O documento considera ainda que as ações dos grupos terroristas no Oriente Médio são parte de um plano de potências ocidentais, particularmente os Estados Unidos, para dividir e fragmentar a região.

É necessário tomar medidas contra EI e contra a Frente Nusra e acabar com o financiamento do Ocidente e das potências regionais a estes grupos.

Os massacres perpetrados por terroristas são um crime de guerra e uma vergonha para a humanidade, diz o comunicado.

Em um discurso televisionado à nação, em 10 de setembro, o presidente dos EUA, Barack Obama, ameaçou lançar ataques aéreos contra a Síria sob o pretexto de enfrentar o EI e anunciou também mais apoio a grupos extremistas no país.  Diversos países árabes anunciaram apoio a estas medidas.

Estas declarações foram criticadas por funcionários e meios de comunicação nacionais.

Ataques contra forças estrangeiras do território sírio, sem a aprovação do governo, serão considerados como um ataque a soberania da Síria, advertiu o ministro da Reconciliação Nacional, Ali Haidar.

No mês passado, o chanceler, Walid al-Moallem, abriu a porta para a cooperação com as potências ocidentais, a fim de derrotar o EI, mas advertiu que seria no âmbito do respeito da soberania e da independência da Síria.

Da redação do Vermelho,
com informações da Prensa Latina