Bloqueio dos Estados Unidos afeta cooperação internacional de Cuba
O bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba, há mais de 50 anos, afeta a cooperação que desenvolve a ilha com diversos países do mundo, incluindo a nação norte-americana.
Publicado 23/09/2014 10:06
O cerco de Washington estabelece numerosas travas e obstáculos para a colaboração internacional que impulsiona distintos setores do país caribenho, essas informações são parte das denúncias do informe oficial da ilha intitulado “Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra Cuba”.
Um dos casos expostos neste informe, que tem sido difundido pelo Ministério de Relações Exteriores de Cuba, aconteceu em março deste ano, quando cientistas de várias universidades da Flórida afirmaram que o bloqueio havia entorpecido suas investigações marítimas ao impedi-los de viajar para a Ilha para intercâmbios com os colegas de profissão caribenhos.
Segundo um dos acadêmicos, o propósito era colaborar com colegas cubanos em um estudo que poderia melhorar as condições dos recifes de corais, prevenir um excesso de pesca e gerar uma maior compreensão do ecossistema do Golfo do México.
Outra vítima da política hostil da Casa Branca foi o professor da Universidade de Illinois, Victor Margolin, que não pôde assistir ao VII Encontro Internacional de Design Forma 2013, em Havana, ao não receber resposta do Departamento do Tesouro à sua solicitação de permissão para viajara a Cuba.
Da mesma forma, outras ações foram trazidas à luz no início de 2014 pelo jornal San Francisco Bay View, que fez uma série de investigações do Serviço de Impostos Internos contra a ONG “Fundação Inter-religiosa para a Organização Comunitária”. Este grupo solidário, dirigido pelo emblemático reverendo Lucius Walker até seu falecimento em 2010, organiza estudos de medicina de jovens norte-americanos em Cuba.
Igualmente no âmbito da saúde pública, o texto ressaltou que em 2014 a Brigada Médica Cubana em Gabón não pode enviar à ilha o montante de US$370 mil. Tudo isso devido à negativa do Banco BNP Paribas ao processar as correspondências de transferências, por ser ameaçado de multa pela Oficina de Controle de Ativos Estrangeiros dos Estados Unidos.
Fonte: Prensa Latina