Rosseto: Não existe campanha do medo, mas medo na campanha adversária
O ministro licenciado do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, que integra a coordenação da campanha da presidenta Dilma Rousseff, em entrevista publicada nesta terça-feira (23) no jornal Valor Econômico, rebateu a declaração da candidata Marina Silva (PSB) de uma suposta “campanha do medo”. “Não existe campanha do medo. Existe medo na campanha dos nossos adversários”, disse ele.
Publicado 23/09/2014 14:18
Rosseto destaca que nunca se discutiu tanto os programas de governo no primeiro turno de uma eleição. Temas como pré-sal, indústria, agricultura, economia, bancos públicos, CLT, homofobia, educação e Saúde são pautas do debate eleitoral em curso.
“Os programas e os compromissos estão sendo debatidos naquilo que são as ideias fundamentais das candidaturas. Portanto, não há sentido político nesse debate sobre ter ou não ter programa”, pontua Rosseto. E completa: “Quem quiser conhecer os detalhes de nossos programas, é só olhar o projeto de Orçamento de 2015”.
Rosseto enfatiza que os dados qualitativos das pesquisas de intenção de votos indicam um forte crescimento da candidatura de Dilma em todos os segmentos e regiões do país e aposta que a presidenta aparecerá à frente nas simulações de segundo turno, nas próximas pesquisas. “Nós trabalhamos com a hipótese de segundo turno, mas enxergamos um forte crescimento nos próximos 15 dias”, informa.
Segundo ele, a eleição promove um debate sobre o conjunto das ações, compromissos de futuro e as diferenças com os outros candidatos. “Há uma pergunta fundamental no processo eleitoral que envolve reeleição, se a vida das pessoas melhorou durante nosso governo. E a resposta é sim”, aponta.
Marina e a sua “nova política”
Rosseto rejeita a ideia de “nova política” apresentada por Marina. “Não há um terceiro polo. Não é uma terceira via. Ela (Marina) se aproximou velozmente do polo político conservador da sociedade brasileira. A agenda e o programa que ela apresentou revelam uma opção clara de quem saiu do Acre e foi morar na avenida Paulista, em São Paulo, um pensamento econômico que organiza o país a partir de uma reserva de mercado para os bancos privados, agride a indústria brasileira, agride a agricultura quando fala em retirar subsídios para esta atividade importante, fundamental para o desenvolvimento do país. É uma liderança do campo conservador. A sociedade brasileira tem essa dinâmica política”, fundamentou Rosseto.
Da redação do Portal Vermelho,
Com informações do Valor Econômico